Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alves, Jerusa Cariaga
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Orientador(a): |
Campello, Eduardo Francia Carneiro
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Banca de defesa: |
Amâncio, Cristhiane Oliveira da Graça,
Padovan, Milton Parron |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10406
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Resumo: |
A criação de reservas indígenas no Centro Sul de Mato Grosso pelo Estado Brasileiro, no início do século XX, foi causador de enormes transformações no modo de ser e viver das aldeias tradicionais Guarani e Kaiowá. Delimitando os espaços e cerceando a mobilidade dos grupos indígenas que reconheciam seu o território, tanto pela paisagem natural e como pela sobrenatural, foram impedidos de transitar pelos mais de 100 quilômetros de mata em cada lado da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, entendendo apenas como limite os rios Ápa e o Paraná. Atualmente os Guarani e Kaiowá são mais de 65 mil indivíduos que residem em 11 reservas ou estão desaldeados, a eles coube se readequar a nova realidade social espacial e produtiva. Devido as pressões antrópicas dos não indígenas na formação e gerenciamento das reservas e dos próprios indígenas quando obrigados a se deslocar a novas áreas ocorreram intensas modificação nas paisagens culminando em uma vulnerabilidade territorial, social e alimentar. Com isso dando início a graves conflitos pela posse das terras existentes no estado do MS. A perda de território tradicional trouxe uma nova realidade produtiva e também grandes perdas na biodiversidade da fauna e flora sendo a dieta alimentar indígena embasada nesses três eixos, a insegurança alimentar impacta diretamente as unidades familiares. No intuito de caracterizar os SAF da Reserva Te’yikuê foi realizada pesquisa mista, no período de agosto de 2014 a março de 2015 junto as 19 Unidades familiares, utilizando o método "bola de neve" (snowball). O objetivo foi gerar informações sobre os aspectos sociais e produtivos, principalmente no que se refere aos manejos dos sistemas agroflorestais e das culturas de ciclo curto como forma de subsidiar alternativas de desenvolvimento local. Constatou-se que os sistemas agroflorestais biodiversos são do tipo quintais agroflorestais e beneficiam 85 pessoas diretamente, proporcionam expressiva mudança de paisagem. Estes foram, estabelecidos principalmente no entorno das casas para melhorar o microclima, garantindo bem-estar às famílias e as rodas de tereré; possibilitando o policultivo seguindo modos tradicionais de produção, incrementando a dieta alimentar das famílias e a segurança alimentar e nutricional. |