Curso temporal da liberação local de citocinas inflamatórias no modelo de dor pós incisional em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Natália Monnerat de lattes
Orientador(a): Medeiros, Magda Alves de
Banca de defesa: Medeiros, Magda Alves de, Vanderlinde, Frederico Argollo, Matheus, Maria Eline
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14231
Resumo: A dor pós-operatória é uma forma comum e única de dor aguda e apesar dos avanços em seu estudo, permanece subtratada. As diferentes modalidades de dor são geradas e mantidas por diferentes mecanismos fisiopatológicos, devendo ser estudadas independentemente. Tem sido postulado que as citocinas possam desempenhar papel chave na dor pós-cirúrgica. Desta forma, analisamos o curso temporal da liberação local de citocinas inflamatórias no modelo de incisão plantar em ratos. Inicialmente analisamos o padrão de hiperalgesia mecânica e térmica através de testes nociceptivos de von Frey e no teste de Hargreaves, respectivamente. Nossos animais tiveram, em ambos os testes, redução dos limiares de retirada 1 hora após a incisão plantar que pode observada até as 72 horas após a cirurgia, quando comparados com animais sem incisão. Com base nesses resultados, nós analisamos a liberação local das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α e das citocinas anti-inflamatórias IL-10 e IL-4 pelo método de quimiluminescência às 2, 6, 8, 24, 48, 72 e 96 horas após a incisão plantar. Nossos resultados mostram que a incisão plantar produziu um aumento significativo nas concentrações de IL-1β e de IL-6 seis e 8 horas após incisão, retornando a valores não significativamente diferentes do controle nos demais tempos estudados. As concentrações de TNF-α não apresentaram valores estatisticamente diferentes do controle em nenhum tempo estudo. As concentrações de IL-10 aumentaram significativamente 2 horas pós incisão, retornando a valores não significativamente diferentes do controle nos demais tempos estudados. Já os níveis de IL-4 se encontravam elevados no grupo controle, havendo redução da concentração desta citocina 24 e 48 h após a cirurgia. A manutenção da hiperalgesia não parece estar associada a uma aumento sustentado nas concentrações destas citocinas no local da incisão. Outros mecanismos e diferentes mediadores devem contribuir para a manutenção da hiperalgesia no modelo de dor pós-operatória.