Investigação da participação de citocinas inflamatórias na medula espinhal de ratos na dor pós-incisional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Castro, Ligia Lins de lattes
Orientador(a): Medeiros, Magda Alves de lattes
Banca de defesa: Otero, Rosalia Mendez, Vanderlinde, Frederico Argolo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14929
Resumo: As diversas modalidades de dor são geradas e mantidas por diferentes mecanismos fisiopatológicos, devendo ser estudadas independentemente. A dor pós-operatória é uma forma comum e única de dor aguda e apesar dos avanços em seu estudo, permanece subtratada. Por causa da persistência da dor mesmo após o uso de medicamentos antiinflamatórios e opioides, postulamos que as citocinas possam desempenhar papel chave na dor pós-cirúrgica. Por meio de dados obtidos de testes nociceptivos, analisamos a concentração de citocinas inflamatórias liberadas pelo segmento lombar da medula espinhal de ratos submetidos ao modelo de dor pós-operatória. No teste de von Frey e no teste de Hargreaves, utilizados para avaliar a hiperalgesia mecânica e térmica, respectivamente, os animais tiveram redução dos limiares de retirada 1 hora após a incisão plantar que pode observada até as 72 horas após a cirurgia, quando comparados com animais sem incisão. Com base nesses resultados, foram feitas análises da liberação das citocinas pró-inflamatórias IL- 1β, IL-6 e TNF-α e das citocinas anti-inflamatórias IL-10 e IL-4 liberadas pela região lombar da medula espinhal pelo método de quimiluminescência às 2, 4, 6, 8, 12, 24, 48 e 72 horas após a incisão plantar. Através da técnica de qRT-PCR, as expressões gênicas de IL-1β, TNF- α e GFAP também foram avaliadas nos tempos de 2, 6, 48 e 72 horas após a incisão. Não houve alteração da liberação de IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-4. Ocorreu diminuição significativa da liberação de IL-10 48 horas após a incisão quando comparado aos animais não incisados. Não houve alteração da expressão gênica de IL-1β, no entanto foi observado um aumento da expressão de TNF-α e GFAP 6 horas após a incisão quando comparados com animais não submetidos à incisão plantar. A incisão plantar não parece alterar a liberação das citocinas IL-1β, IL-6, TNF-α e IL-4. A manutenção da dor pós-operatória não está associada a uma queda sustentada dos níveis de IL-10. O aumento da expressão de RNAm de TNF-α condiz com o aumento da expressão de RNAm de GFAP e indica possível papel dos astrócitos na liberação da citocina. Porém, a manutenção da dor pós-operatória não está associada a um aumento constante da expressão gênica de TNF-α. O papel da liberação desta citocina na medula espinal no modelo de dor pós-operatória, assim como a confirmação da participação dos astrócitos necessitam ser investigados.