Aspectos clínicos e epidemiológicos do mastocitoma em caninos atendidos no serviço de oncologia da Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro entre os anos 2011 e 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Padilla Barreto, Monica Yamile lattes
Orientador(a): Fernandes, Julio Israel lattes
Banca de defesa: Fernandes, Julio Israel lattes, Bendas, Alexandre José Rodrigues lattes, Silva, Bruno Ricardo Soares Alberigi da lattes, Dutra, Ary Elias Aboud lattes, Cardilli, Carolina Franchi João lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20193
Resumo: O mastocitoma é o tumor cutâneo maligno mais comum em cães, sendo classificado como um tumor de células redondas que pode manifestar-se clinicamente como formações cutâneas de diferentes tamanhos e aspectos. Fatores como localização, sinais clínicos associados ao tumor, taxa de crescimento, tamanho, presença de síndromes paraneoplásicas, raça, sexo e estadiamento clínico podem influenciar o prognóstico. Como os estudos epidemiológicos no Brasil são escassos, objetivou-se com estudo avaliar a distribuição das características clínicas do mastocitoma e analisar o risco de desenvolvimento dessa neoplasia em relação a outros tumores cutâneos nos pacientes atendidos pelo serviço de oncologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O estudo epidemiológico retrospectivo incluiu 266 cães afetados por mastocitomas cutâneos com um grupo de referência de 581 pacientes diagnosticados com outros tumores cutâneos; a média da idade dos pacientes foi de 9 anos, sendo as fêmeas mais acometidas que os machos; a maior parte dos pacientes foram cães sem raça definida, seguido da raça Boxer, Labrador, Pitbull e Pinscher; os sinais clínicos como vomito, melena, prurido, caquexia, hemorragia, diarreia, convulsões, síncope, hematomas na pele e prostração foram encontrados em 14,3% dos pacientes. A regiões corporais mais afetadas foram o tronco e os membros pélvicos. Anemia, eosinofilia e trombocitopenia foram alterações comuns nos cães afetados; a cirurgia foi o tratamento escolhido para a maior parte dos pacientes e o protocolo quimioterápico de vimblastina com prednisolona o mais utilizado. Foi identificada predisposição nas raças Boxer, Pinscher, Pug, Bulldog francês e Sharpei contrário às raças Poodle, Cocker Spaniel e Rottweiler que apresentaram um risco menor de desenvolver mastocitoma. Os cães sem raça definida de mediano porte são mais predispostos a desenvolver mastocitoma nos membros em comparação com outros tumores da pele. A sobrevida dos pacientes depende de muitos fatores como o estágio clínico, o grau histopatológico, presença de sinais paraneoplásicas, tipo de tratamento e presença de doenças concomitantes. Este é o primeiro estudo retrospectivo no Brasil que analisa tanto fatores epidemiológicos como clínicos de cães com mastocitoma.