Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Correa, Nátaly Fernandes
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Orientador(a): |
Simão, Sheila Marino
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Banca de defesa: |
Lodi, Liliane Ferreira,
Fernandez, Alexandra Pires |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10792
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Resumo: |
Estudos anteriores na Baía de Sepetiba, RJ, registraram a presença de filhotes e juvenis de botos-cinzas (S. guianensis) durante todas as estações do ano, no entanto, pouco é conhecido sobre o comportamento de cuidado aos imaturos da espécie. Este trabalho objetivou investigar o comportamento de cuidado parental da população de botos-cinzas na Baía de Sepetiba. Foram utilizados clipes das filmagens gravadas em 30 expedições conduzidas na baía entre dezembro de 2000 e agosto de 2001. A avaliação do grau de cuidado parental foi conduzida utilizando duas medidas: cuidado longitudinal e cuidado transversal. Quando a mãe se posicionava longitudinalmente à frente da prole (posição longitudinal 1) ou entre o barco e a prole (posição transversal 1) foi registrado o cuidado parental. Entretanto, não havia cuidado quando a mãe se localizava atrás do imaturo (posição longitudinal 2) ou deixando o imaturo entre ela e a embarcação (posição transversal 2). Foi testada a influência de três variáveis no grau de cuidado parental: tamanho de grupo, estado comportamental do grupo (pesca e deslocamento) e classe etária da prole (filhote e juvenil). De um total 39.840 segundos de observação, foram registrados 946 pares de mãe e imaturo, e os resultados das análises dos tipos de cuidados conduzidas separadamente revelaram que o cuidado longitudinal esteve presente em 84,7% do tempo e o cuidado transversal em 57,7%. O tempo em que a prole esteve em cada posição longitudinal (1 e 2) foi estatisticamente diferente (U=58033,50; p=0,02), recendo cuidado da mãe durante a mediana de 37 segundos. Em relação ao cuidado transversal, não houve diferença significativa no tempo em que a prole recebia cuidado. O tamanho do grupo foi estatisticamente diferente quando a mãe se posicionou longitudinalmente à frente da prole ou não (U=151525,50; p<0,01), a mediana para a posição 1 foi de 15 indivíduos, enquanto na posição 2 de 12 indivíduos. Houve também variação significativa em relação ao posicionamento da mãe entre o barco ou não (U=97074,00; p=0,03), a mediana na posição transversal 1 foi de 15 indivíduos e na posição 2 de 14 indivíduos. Foi encontrada influência significativa do estado comportamental do grupo apenas sobre o cuidado longitudinal e tal cuidado é intensamente realizado na pesca (N= 946; H3=17,60; p<0,01). Na população da Baía de Sepetiba, os imaturos se beneficiam de intenso cuidado parental, principalmente durante as atividades de pesca e em grupos numerosos. O cuidado é investido de maneira similar aos filhotes e juvenis, tanto longitudinal quanto transversalmente, sugerindo um conflito de interesses entre os pais e a prole. |