Efeito do parasitismo por Digenea na atividade locomotora de peixes e moluscos hospedeiros. 2013.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Everton Gustavo Nunes dos lattes
Orientador(a): Silva, Cláudia Portes Santos lattes
Banca de defesa: Alejos, José Luis Fernando Luque, Tavares, Luis Eduardo Roland, Silva, Clélia Christina Correa de Mello
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11751
Resumo: Os parasitos são capazes de alterar uma variedade de características de seus hospedeiros como comportamento, morfologia e estruturas sociais. Processos de alterações comportamentais são comumente encontrados em parasitos cujo ciclo de vida é complexo e com transmissão através da teia trófica. Organismos aquáticos são comumente utilizados em ensaios comportamentais, e peixes e moluscos são considerados bons modelos nesta linha de pesquisa. No Capítulo I, é apresentado um trabalho no qual se avalia a influência da intensidade e período de desenvolvimento de Ascocotyle (Phagicola) pindoramensis na atividade locomotora de Poecilia vivipara criados em laboratório. Similarmente, no Capítulo II, um estudo comparativo foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do parasitismo na atividade locomotora de Melanoides tuberculatus não infectados e naturalmente infectados por Centrocestus formosanus. A atividade locomotora de peixes e moluscos foi monitorada através de um sistema de biomonitoramento por análise de imagem, Videomex-V®, conectado à uma câmera de vídeo capaz de quantificar a distância percorrida, tempo em movimento ou em repouso, assim como a velocidade dos organismos. As Equações de Estimação Generalizadas (EEG) capazes de analizar dados de medidas repetidas demonstraram que embora os moluscos infectados por C. formosanus tenham apresentado dimensões maiores que os não infectados, o comprimento de M. tuberculatus e P. vivipara não foi um fator preponderante para alterar a atividade locomotora dos hospedeiros intermediários. Hospedeiros infectados apresentaram um padrão de atividade locomotora irregular e reduzido em comparação com os não infectados. Além disso, P. vivipara não alterou sua atividade locomotora decorridos 7 dias pós-infecção (dpi), mas as alterações tornaram-se evidentes 14 dias pós-infecção, apresentando um aumento no tempo de repouso. Foi experimentalmente demonstrado que em P. vivipara uma maior intensidade de parasitos diminuiu a atividade locomotora do hospedeiro. Os parasitos estudados são capazes de alterar o comportamento locomotor de P. vivipara e M. tuberculatus. É possível supor que a diminuição da atividade locomotora dos hospedeiros possa interferir em diferentes aspectos em um contexto ecológico em seus ambientes naturais.