Alterações morfofuncionais nos melanomacrófagos hepáticos de peixes e anfíbios induzidas pelo contaminante benzo[a]pireno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fanali, Lara Zácari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192893
Resumo: Peixes e anfíbios estão vulneráveis a diversos poluentes. O benzo[a]pireno (BaP) é um contaminante com propriedades tóxicas. Metabolizado pela enzima P450 (CYP1A1), de fase I EROD (Etoxiresorufina-O-deetilase), produz subprodutos tóxicos. Conhecida como um inibidor da CYP1A1, α-naftoflavona (aNF) impede o metabolismo do BaP e a geração de metabólitos tóxicos. A aNF é um composto exógeno e não se tem conhecimento do efeito dela em órgãos e tecidos. O fígado é a maior fonte de enzimas catalizadoras de reações de biotransformação. A suscetibilidade do órgão a danos por agentes químicos é uma conseqüência de seu papel no metabolismo. Porém, animais desenvolveram mecanismos para detectar e responder a esses produtos químicos. Melanomacrófagos (MMs) hepáticos são células que contém melanina e que estão envolvidos nesse processo, devido a sua função de detoxificação. Dessa forma, nossos objetivos foram avaliar os efeitos do BaP e/ou aNF nos MMs e efeitos genotóxicos dos compostos. Os animais foram expostos a 2mg/kg de BaP e/ou 20mg/kg de aNF por 48 horas e 7 dias. Após os experimentos o fígado passou por procedimentos histológicos para quantificação da área de melanina dos MMs e fagocitose na microscopia de luz; microscopia de fluorescência para análise do citoesqueleto dos MMs; espectrofotometria para quantificar a atividade EROD e síntese de melanina dos MMs; e análise genotóxica dos eritrócitos. Em peixes, após 7d houve diminuição da área de melanina, devido a uma inibição do BaP na via melanogênica; agregação dos melanossomos por interferência nos filamentos de actina; e aumento da frequência de micronúcleo, pelo potencial genotóxico do composto. Nos anuros, em 48h, houve aumento da produção de melanina nos tratamentos com BaP, devido ao papel antioxidante da melanina; diminuição da fagocitose, por interferência nessa função; diminuição da síntese de melanina no grupo com BaP + aNF, causada pela toxicidade dos dois compostos; e diminuição das anormalidades eritrocitárias, pela permanência no sangue somente os eritrócitos menos danificados. Em 7d, não houve nenhuma alteração, pois, os organismos atingiram o limite de resposta aos xenobióticos, causado pelo longo período de exposição associado à alta dose dos compostos.