Effects of rapid climate change on community structure and cranial morphology of small mammals

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodolfo German Antonelli Vidal Stumpp
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/36212
Resumo: Atividades antrópicas tem alterado drasticamente o ambiente nos últimos séculos. Uma dessas mudanças ambientais é a mudança climática, a qual tem sido relacionada a vários efeitos em diversos níveis da biodiversidade. Para os pequenos mamíferos, grupo que exerce grande influência na dinâmica florestal, existe lacunas de conhecimento sobre como essas mudanças climáticas afetam traços morfológicos e ecológicos, principalmente na região Neotropical. Assim, nós testamos os impactos das mudanças climáticas em escala individual e de comunidade. Primeiro, nós analisamos as mudanças temporais na estrutura da comunidade de pequenos mamíferos em dois fragmentos de Mata Atlântica, uma pequeno em regeneração (EPTEA Mata do Paraíso) e um fragmento florestal maduro (PERD). Ambos os fragmentos apresentaram mudanças significativas na estrutura da comunidade, sendo que o PERD apresentou maior dissimilaridade temporal. Mudanças direcionais na estrutura da comunidade parecem estar mais associadas a pequenos fragmentos, enquanto fragmentos grandes refletem um equilíbrio frouxo. Posteriormente, testamos a influência dessa variação biótica temporal, combinada com mudanças climáticas, na Variação Morfológica Rápida (VMR) de quatro espécies de roedores – Akodon cursor, Cerradomys subflavus, Oligoryzomys nigripes e Oxymycterus dasytrichus – da comunidade de pequenos mamíferos da EPTEA Mata do Paraíso. Testamos as diferenças no tamanho e forma craniana entre espécimes coletados em duas séries temporais. Também exploramos os melhores modelos entre as mudanças morfológicas e fatores ambientais. Nossas análises mostraram VMR em todas as espécies e essas variações foram fortemente influenciadas pela temperatura máxima, mostrando uma relação negativa com o tamanho. Além disso, a precipitação, umidade, riqueza de roedores e temperatura mínima tiveram uma relação positiva com o tamanho. A abundância também teve uma associação negativa com o tamanho em Ol. nigripes e Ox. dasytrichus. Adicionalmente, nós avaliamos os efeitos de variáveis climáticas na assimetria flutuante (AF) de diferentes populações. Foram criados 11 grupos espaço-temporais para A. cursor e 13 para Ol. nigripes. Cada grupo consistiu de espécimes de uma mesma localidade dividido em duas séries temporais. Cinco grupos de A. cursor apresentaram variação significativa na AF ao longo do tempo e, para Ol. nigripes, encontramos variação em seis grupos. O melhor modelo para explicar a AF em A. cursor incluiu apenas a temperatura máxima, enquanto para Ol. nigripes o modelo incluía apenas umidade. O aumento na AF geralmente afeta negativamente a aptidão das espécies. Desse modo, entender quais fatores afetam a estabilidade do desenvolvimento e também quais espécies tem maior potencial de adaptação é de grande importância para a biologia da conservação.