Divisão Naval da Costa d`Leste: a expansão da Guerra Cisplatina para o litoral africano (1825-1830)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Rodrigues de lattes
Orientador(a): Ferreira, Roberto Guedes lattes
Banca de defesa: Basile, Marcello Otávio Neri de Campos, Florentino, Manolo Garcia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13857
Resumo: A pesquisa analisa a atuação da Marinha de Guerra do nascente Império do Brasil, por meio da Divisão Naval da Costa d`Leste, em defesa do comércio atlântico de escravos no litoral africano, então sob a ameaça de corsários das Províncias Unidas do Rio da Prata e piratas durante e após a Guerra da Cisplatina (1825-1828); guerra que se estendeu para a costa africana, nomeadamente para as praças de Molembo, Cabinda e Ambriz. O primeiro conflito internacional entre dois países independentes da América do Sul gerou grandes prejuízos financeiros ao comércio marítimo brasileiro, sendo afetada seriamente a praça mercantil do Rio de Janeiro. A elite do capital mercantil carioca, representada pelos grandes negociantes de escravos, que controlavam também as companhias de seguros marítimos, recorreu à proteção do Estado, que por meio da Marinha Imperial, buscou promover a proteção do extenso litoral brasileiro contra a ameaça corsária, além de deslocar navios de guerra para a costa da região congo-angolana. A ação defensiva era acompanhada do bloqueio naval do Rio da Prata, principal cenário do conflito que envolveu as duas maiores praças mercantis do Atlântico Sul: Buenos Aires e Rio de Janeiro. O governo brasileiro visou demonstrar, no contexto da geopolítica naval da América do Sul, a força da Armada Imperial, que funcionou como um instrumento prático da consecução de objetivos estratégicos da política externa do Brasil. A Divisão Naval da Costa d`Leste, efetivamente realizou um duplo papel entre 1827 e 1830: promover a segurança de navios negreiros nos portos de Molembo, Cabinda e Ambriz, zona de desgoverno da coroa portuguesa e prevalência de poderes africanos, além de garantir a preservação de áreas de influência brasileira na costa ocidental da África.