A Bahia e o Prata no Primeiro Reinado: comércio, recrutamento e Guerra Cisplatina, (1822-1831)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Junqueira, Lucas de Faria
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11345
Resumo: As relações entre a Bahia e a região platina, estabelecidas desde o século XVI, basearam-se, ao longo da colonização ibérica na América, no contrabando. Nas primeiras décadas do século XIX, em que se deram as independências sul-americanas, o comércio entre a Bahia e o Prata alargou-se e tornou-se lícito, realizado em grande parte por estrangeiros. No bojo do processo de construção dos Estados Nacionais, a Guerra Cisplatina – travada entre Brasil e a República das Províncias Unidas, atual Argentina – afigurou-se como marco fundamental para a conformação do espaço político platino, fragmentando, pelo surgimento do Uruguai como Estado autônomo, o território do antigo Vice-Reinado do Rio da Prata. A Guerra fora impopular no Brasil e acarretara a interrupção do comércio entre a Bahia e a região platina, pelo bloqueio brasileiro ao porto de Buenos Aires e pela atuação dos corsários portenhos. O elemento principal de impopularidade da Guerra fora o recrutamento forçado, que ocasionara distúrbios por toda a Bahia. Os baianos que foram remetidos para lutar no conflito sofreram com as doenças, má alimentação, frio, falta de pagamento dos soldos e com os renhidos combates. Muitos pereceram nos campos do Sul, enquanto outros desertavam, deixando constantes vazios nas fileiras dos corpos da Bahia que tomaram parte da Guerra. Para suprir as demandas geradas pelo esforço de guerra, passara a Província baiana por uma crise na segurança pública, pelo envio das tropas e oposição popular ao recrutamento, bem como dificuldades financeiras com os obstáculos ao comércio e despesas com as crescentes necessidades militares.