Vivendo sem amarras: as viagens de africanos libertos entre a Bahia e a Costa da África (1840-1860)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Emanuelle Maia
Orientador(a): Pires, Maria de Fátima Novaes
Banca de defesa: Pires, Maria de Fátima Novaes, Castillo, Lisa Louise Earl, Ximenes, Cristiana Lyrio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33176
Resumo: Este estudo se dedica a traçar o perfil demográfico de viajantes africanos libertos entre a Bahia e a Costa da África durante as décadas de 1840 e 1850. Tal período abrange as atividades intensas no tráfico ilegal de escravos, das quais muitos libertos africanos estavam inseridos. Passado o grande movimento de partidas em massa de africanos para a África por conta da Revolta dos Malês, em 1835, observou-se um fluxo contínuo de homens e mulheres que seguiram realizando as travessias durante a década de 1840. Assim, buscou-se investigar as diversas motivações para as viagens atlânticas, destacando aquelas que estavam inseridas nas atividades comerciais com a costa africana. Para este estudo, foi essencial a análise quantitativa dos livros de registros de passaportes, acompanhados de solicitações de viagem e informações sobre saídas de navios e passageiros contidas em periódicos. O cruzamento com outras fontes como inventários post mortem, testamentos e fontes eclesiásticas possibilitou traçar trajetórias particulares que complementaram o quadro sobre as viagens. Essas fontes permitiram lançar um olhar mais detalhado sobre africanos que viajaram durante aquele período e compreender as travessias para além do retorno definitivo para o continente de origem.