Trabalhar no tráfico: experiência de mulheres no mercado das drogas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, Mylena Fernandes de lattes
Orientador(a): Pinto, Nalayne Mendonça lattes
Banca de defesa: Pinto, Nalayne Mendonça lattes, Guedes, Moema de Castro lattes, Hirata, Daniel Veloso lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11449
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo compreender as formas de atuação de mulheres no mercado das drogas a partir de suas histórias de vida e experiências de inserção nos grupos de varejo do tráfico. A pesquisa foi realizada através de trabalho de campo feito com mulheres traficantes ou ex-traficantes na Penitenciária Talavera Bruce e no Instituto Penal Santo Expedito no Rio de Janeiro e também por meio de entrevista com uma egressa do sistema prisional e ex-traficante. A pesquisa analisou como se dá o trabalho de mulheres no tráfico de drogas, trazendo uma discussão sobre a divisão sexual do trabalho nesse mercado. Além disso, explorou como elas se organizam em um ambiente altamente masculinizado, quais são as habilidades necessárias para a atuação delas no tráfico, quais as hierarquias presentes e como é o dia a dia na “função”. Conjuntamente, tem-se como objetivo demonstrar as condições de confinamento dessas mulheres dentro do cárcere, na medida em que elas relataram nas entrevistas as vivências e dramas como mulheres encarceradas e, dessa forma, descrever a degradação prisional a que são submetidas. Chama atenção que, mesmo com as dificuldades de gênero a elas impostas na hierarquia do tráfico, as mulheres vêm disputando os diferentes postos hierárquicos com os homens; o tráfico, como se apresenta nas favelas cariocas, “bagunça” um pouco essa ideia de trabalho de homem versus trabalho de mulher já que na função ambos podem ser aproveitados em diversas tarefas e ganham destaque conforme seus desempenhos.