Quando eu crescer quero ser como ele: adolescente, o tráfico de drogas e a função paterna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Graner-Araújo, Renata Cristina Engler [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97568
Resumo: O envolvimento de adolescentes e até crianças como trabalhadores no tráfico de drogas vem aumentando nas últimas décadas no Brasil, e quiçá no mundo. A globalização contribuiu para que isto ocorresse, concomitante a organização dessa forma de crime, promovendo lucros consideráveis, a ponto de ser concebido como o segundo grande negócio mundial, atrás apenas do tráfico de armas. Decorrência: o tráfico contribuiu para que os jovens passassem a serem vítimas e também autores de ações de violência relacionadas a esta atividade. Com o presente trabalho, analisamos como se articulam, na constituição subjetiva, o trabalho dos adolescentes no tráfico de drogas e a função paterna. Tivemos a pretensão, ainda, de compreender se eles tiveram, ao longo de sua história, referências de autoridade que contribuíram para entrarem nela. Os adolescentes escolhidos foram os pertencentes às camadas sociais de baixa renda e que eram considerados trabalhadores do tráfico de drogas. Realizamos um estudo de casos múltiplos, por meio de entrevistas/conversas com tais adolescentes. Utilizamos, para a análise das informações, a teoria psicanalítica, na perspectiva da psicanálise extramuros, a qual prioriza a análise de um fenômeno social, considerando o contexto onde este ocorre e seus desdobramentos na subjetividade humana. Os resultados obtidos nos levaram a concluir que, para eles, tal atividade é o caminho mais provável, em nossa cultura para conquistarem reconhecimento social e sentimento de pertença ao mundo adulto e à sociedade...