Mulheres Aprisionadas, por Tráfico de Drogas, em Feira de Santana, Bahia: perfis, contextos e trajetórias criminais de mulheres do interior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Menezes, Erika Boaventura de lattes
Orientador(a): Carvalho Filho, Milton Júlio de lattes
Banca de defesa: Carvalho Filho, Milton Julio de lattes, Almeida, Silvia dos Santos de, Santos, Ivete Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Segurança Pública 
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40075
Resumo: Esta pesquisa teve como interlocutores as mulheres presas e condenadas pelo crime de tráfico de drogas, e que cumprem pena no Conjunto Penal de Feira de Santana – BA. Tal escolha deu se basicamente pelo aumento progressivo no quantitativo de mulheres em situação de prisão em todo o país. Isso implica na necessidade de descortinar esse universo, visando compreender às motivações para o aumento do aprisionamento de mulheres, a maioria delas, negras, presas por diversos níveis de envolvimento com o tráfico de drogas. A pesquisa busca entender como as mulheres aprisionadas por tráfico de drogas compreendem suas histórias e a trajetória de vida até a prisão. Busca compreender a vulnerabilidade das mulheres até como os laços familiares podem ter relação com o aprisionamento por tráfico de drogas. E por fim pretende se analisar como o perfil das mulheres encarceradas por tráfico de drogas permite indicativos de políticas voltadas para o atendimento destas mulheres. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa adotou uma perspectiva qualitativa e quantitativa, analisando os prontuários de 18 mulheres encarceradas que cumprem pena em caráter provisório ou definitivo e a entrevista de 07 mulheres condenadas por tráfico de drogas. A análise e discussão dos dados foram subdivididas nas seguintes etapas: análise dos dados sociais relacionados ao aprisionamento, análise do histórico familiar antes do encarceramento, análise do vínculo familiar após o encarceramento e perspectiva familiar futura das detentas. A pesquisa identificou o perfil das mulheres entrevistadas sendo a maioria jovens, atua no mercado informal, todas as entrevistadas se declararam negras, a maioria possui ensino fundamental incompleto, são mães e apenas duas se declaram solteiras. Com relação a religião a maioria declarou não ter, mas que frequentam todas as religiões. São mulheres do interior da Bahia, presas pelo crime de tráfico de drogas, cumprindo pena em regime fechado.