Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lessa, Ana Carolina da Rocha
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Orientador(a): |
Alves, Bruno José Rodrigues
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Banca de defesa: |
Araújo, Adelson Paulo de,
Madari, Beata Emöke |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10689
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Resumo: |
O Brasil se destaca na pecuária mundial, com um rebanho da ordem de 200 milhões de cabeças. O inventário nacional de gases de efeito estufa mostra que as excretas produzidas em pastagens representam cerca de 40% das emissões totais de N2O, quantificadas com dados globais do IPCC, que podem não representar o impacto real da pecuária nacional nas emissões desse gás. Com isso, o presente estudo teve por objetivo quantificar as emissões diretas de N2O e as perdas de N por volatilização de NH3 de urina e fezes bovinas em pastagem sobre ambiente de Cerrado e solo Latossolo, em Goiás, e sobre Argissolo da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, além de avaliar a influência de variáveis do solo e do clima nesse processo. As avaliações foram realizadas nas áreas experimentais da Embrapa Agrobiologia, no município de Seropédica – RJ, e da Embrapa Arroz e Feijão, na cidade de Santo Antônio de Goiás – GO. As áreas foram divididas em 18 parcelas, sendo 3 tratamentos com 6 repetições, que consistiram de parcelas com fezes, urina e controle. No primeiro experimento em Goiás, na estação chuvosa, havia também o tratamento com uréia (100 kg ha-1 de N) totalizando 24 parcelas. Nos respectivos tratamentos, foram adicionados 1 L de urina e aproximadamente 1,8 kg de fezes frescas, sendo estas colocadas no interior da área delimitada pela base metálica de câmaras estáticas fechadas, utilizadas para amostragem de N2O. Em área adjacente a cada câmara, os mesmos tratamentos foram aplicados para avaliação da volatilização de NH3, umidade, N mineral e temperatura do solo. A urina claramente elevou os fluxos de N2O do solo principalmente após as freqüentes chuvas em Seropédica e em Santo Antônio de Goiás. Independente da localidade, a ocorrência de chuvas e o aumento da disponibilidade de N mineral no tratamento com urina foram fatores fundamentais para ocorrência de fluxos elevados de N2O, em relação aos demais tratamentos. Emissões entre 3,92 e 1045,55 mg NN2O m-2, nos períodos de monitoramento, foram encontrados para o tratamento com aplicação de urina, representando 0,01% e 2,55% do N aplicado. As fezes, apesar de conterem uma quantidade elevada de N, não proporcionaram fluxos elevados de N2O, com emissões entre 0,56 a 24,46 mg N-N2O m-2, representando 0% e 0,16% do N aplicado. As maiores e menores emissões de N2O das excretas foram registradas em Santo Antonio de Goiás, as primeiras na época chuvosa. A volatilização de amônia da urina variou de 2,56 a 169,91 g N-NH3 m-2, representando respectivamente 6,8% e 50,6 % do N da excreta. Para as fezes, as quantidades variaram de 2,38 a 130,26 g N-NH3 m-2, representando respectivamente 2,6% e 12,7% do N total dessa fonte. Concluiu-se que a urina e as fezes não contribuem de forma semelhante para as emissões de N2O em pastagens, sendo a primeira a principal via de perda de N2O, e a que apresenta maior perda por volatilização de NH3. Na ausência de chuvas as deposições das excretas em pastagem não elevam os fluxos de N2O, já a volatilização de NH3 é favorecida nessas condições. |