Efeito da suplementação com aditivo fitogênico sobre a emissão de gases de efeito estufa de excretas de animais em pastos de capim tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Siniscalchi, Débora [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193254
Resumo: A agropecuária é uma importante fonte de renda e em especial a bovinocultura de corte é fonte de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Emissões de GEE de excretas em pastagens têm sido estudadas objetivando determinar fatores de emissão, mas as emissões em função das estratégias de suplementação não são claras. Os objetivos deste estudo foram avaliar o uso de suplementação proteico energética e aditivos fitogênicos em pastos tropicais na emissão de GEE provenientes de excretas de bovinos. O experimento foi conduzido no setor de Forragicultura da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Campus de Jaboticabal, São Paulo, no período de dezembro de 2018 a maio de 2019. Um experimento em laboratório foi realizado, com intuito de estimar a produção de GEE de acordo com adições de 0, 0,5 e 1% de tanino condensado em urina de bovinos. Um segundo experimento foi realizado com bovinos da raça Nelore, em pastos de Urochloa brizantha cv. Marandu, com os seguintes tratamentos: suplementação proteico-energética + aditivo fitogênico (PV), suplementação proteico-energética (P), suplementação com sal mineral + aditivo fitogênico (SV) e suplementação com sal mineral (S), avaliados durante 21 semanas. As emissões de GEE foram mensuradas utilizando câmaras estáticas com adição de fezes, fezes + urina e urina dos animais dos respectivos tratamentos. A avaliação de NH3 foi realizada com os mesmos tipos de excretas em câmara semiaberta livre estática (SALE). O delineamento utilizado foi DIC e as emissões dos gases e a volatilização de NH3 foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey-HSD (p < 0,05). No experimento em laboratório, as emissões de N2O diferiram entre tratamentos e semanas (p < 0,05), apresentando emissões totais de 95,84; 265,30 e 199,32 mg N-N2O m-2 nos tratamentos com 0; 0,5 e 1% de tanino, respectivamente. As emissões de CH4 diferiram entre os tratamentos e semanas (p < 0,05), apresentando emissões total de 8,84; 1,87 e 3,34 mg CH4 m-2, respectivamente. As emissões de CO2 diferiram entre os tratamentos e semanas (p < 0,05), apresentando emissões total de 3,80; 6,93 e 5,87 g CO2 m-2. No segundo exeperimento houve diferença significativa entre emissões de N2O das excretas dos animais recebendo suplementação (p = 0,004), onde as emissões em cada período e totais de P e PV foram maiores que as excretas de S e SV. As emissões totais de N2O em relação a localização das câmaras apresentaram diferença significativa (p = 0,015). As câmaras localizadas mais ao centro dos piquetes emitem menos N2O, enquanto as localizadas na região marginal emitem mais N2O. Houve diferença significativa entre emissões de CH4 das excretas dos animais recebendo suplementação (p = 0,021), sendo que as emissões totais de SV apresentaram os valores mais baixos, seguido de PV e S e o tratamento SV emitiu mais metano. A volatilização de amônia pelas excretas independe da suplementação dos animais e a volatilização de urina é maior que das fezes e fezes + urina.