Dinâmica folicular e fluxo sanguíneo ovariano e uterino em éguas mangalarga marchador em condições de sombra e insolação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Jhonnatha Paulo lattes
Orientador(a): Jacob, Julio Cesar Ferraz lattes
Banca de defesa: Silva, Luciano Andrade, Brandão, Felipe Zandonadi, Jesus, Vera Lúcia Teixeira de, Mello, Marco Roberto Bourg de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10132
Resumo: A pesquisa foi conduzida no município de Seropédica RJ na estação de monta de 2013/2014 e teve por objetivo avaliar os efeitos do estresse climático sobre a o ciclo estral, foliculogênese e perfusão sanguínea e ovariana e uterina de éguas Mangalarga Marchador. Avaliou-se 4 ciclos estrais consecutivos de 16 éguas distribuídas em dois grupos: GI – éguas à sombra e GII – éguas em insolação. A cada ciclo as éguas foram trocadas de grupo. Foram avaliados 52 ciclos estrais distribuídos em CI, CII (28 ciclos: GI n=14 e GII n=14), CIII e CIV (24 ciclos GI=n14 e GII n=10), sendo CI e CII ciclos naturais (Fase I), e CIII e CIV ciclos com estro induzido com PGF2α (Fase II). Avaliou-se a duração do ciclo estral, do estro e diestro, os principais eventos da foliculogenese e a perfusão sanguínea das artérias ovariana e uterina dominantes através dos índices de pulsatilidade (PI) e resistividade (RI). Avaliram-se os parâmetros vitais frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR) para obtenção de índices bioclimáticos: Coeficiente de Adaptabilidade (CA) e coeficiente de Tolerância ao Calor (CTC). O ambiente térmico foi caracterizado através do Indice de Temperatura do Globo Úmido (ITGU). O ITGU obtido permitiu inferir que as condições climáticas durante o período experimental permaneceram 71% dos dias fora da faixa de conforto térmico (ITGU de valor ≥79) assim como os parâmetros fisiológicos FC, FR e TR, e os índices bioclimáticos CA e CTC, que apresentaram maiores valores no GII que em GI(p<0,05). Não houve variação na duração do ciclo estral, do estro ou do diestro entre grupos (p>0,05). Na fase I do experimento, a divergência folicular ocorreu 1,7 dias antes no GII em relação a GI (p<0,05), na fase II o diâmetro do segundo maior folículo na divergência foi maior no GII que em GI (p<0,05). Na fase II, durante o final do diestro (D6, 7, 8 e 9), o segundo maior folículo teve um diâmetro maior no GII em relação a GI (p<0,05). O diâmetro dos seis maiores folículos não diferiram entre os grupos experimentais no D-1 e D0, em ambas as fases da pesquisa. Os valores médios do PI e do RI das artérias ovariana e uterina dominantes, não variaram entre grupos no estro ou no diestro em ambas as fases da pesquisa, bem como não variaram entre grupos em D-1 e D0 ou D6. Na fase I da pesquisa o PI da artéria ovariana foi menor em GII em relação a GI (p<0,05) quando o ITGU foi >79, enquanto o RI da artéria ovariana foi menor em GII que em GI somente quando o ITGU foi > 84, o que não se repetiu na fase II da pesquisa. O RI e o PI da artéria uterina não variou entre grupos experimentais em ambas as fases da pesquisa em relação ao ITGU. Conclui-se que ocorreu desconforto térmico e que o mesmo foi maior em GII que em GI. O grupo sobre insolção apresentou um divergência mais tardia e diferença no diâmetro dos segundo maior folículo ao final do diestro, e que a mediada que o ITGU aumentou reduziu-se os valores de PI e RI da artéria ovariana dominante.