Variáveis cardiorrespiratórias da indução anestésica com propofol utilizando dexmedetomidina como medicação pré-anestésica em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barcellos, Myla Cristina Bastos lattes
Orientador(a): Paiva, Jonimar Pereira
Banca de defesa: Moreira, Rodrigo Mencalha, Balthazar, Daniel de Almeida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14082
Resumo: A dexmedetomidina é um agonista α2-adrenérgico que possui efeito sedativo dose dependente, miorrelaxante e analgésico. O uso de dexmedetomidina antes da indução com propofol pode se apresentar como uma possível opção em procedimentos clínicos e anestesiológicos balanceados. Portanto, torna-se necessário o conhecimento da interação entre as duas drogas, no que tange aos efeitos cardiorrespiratórios. O objetivo do projeto foi avaliar as alterações cardiorrespiratórias em cães, decorrentes do uso do propofol como agente indutor utilizando como medicação pré-anestésica a dexmedetomidina, assim como a consequência no requerimento deste fármaco indutor. Para realização do estudo foram utilizados 20 animais machos, castrados, com idade entre 2 a 5 anos, da raça beagle, procedentes do canil do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária (LQEPV) que se enquadraram com classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) I. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 10 animais: Grupo DP - dexmedetomidina (10 μg.kg-1) na MPA e indução com propofol (4mg.kg-1.min-1) por via intravenosa, e Grupo SP- 3mL de solução de NaCl 0,9% e indução com propofol (4mg.kg-1.min-1) por via intravenosa. Durante os procedimentos os animais foram monitorados para avaliação de variáveis cardiorrespiratórias através dos parâmetros fisiológicos (FC, f, ETCO2, SpO2, PAS, PAD, PAM, TºC) nos tempos (TB, TDex, T3, T5, T10, T15 e TR) e parâmetros respiratórios (pH, PCO2, PO2 e HCO3) nos tempos (TB, TDex, T3, T15 e TR), através de coletas seriadas de 1ml de sangue arterial com seringa heparinizada da artéria auricular. No T15 foi aplicado nos animais do grupo DP o antagonista (atipamezole) da dexmedetomidina e no grupo SP solução salina no mesmo volume. O resultado demonstrou que o uso da dexmedetomidina como MPA, reduziu em 35% o requerimento do propofol, não influenciando os efeitos respiratórios, porém evitando hipotensão arterial, proporcionando mais benefícios do que quando comparado ao uso isolado do propofol.