Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sanches, Mariana Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-05052021-151758/
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Resumo: |
O uso de adjuvantes na anestesia total intravenosa (AIT) possibilita a redução da dose de propofol para manutenção anestésica, reduzindo assim seus efeitos indesejáveis, além da possibilidade de promover analgesia. O presente estudo objetivou avaliar a dexmedetomidina, em diferentes taxas de infusão, como adjuvante na AIT com propofol em gatas. Foram utilizadas 28 gatas hígidas alocadas em quatro grupos: Prop, Dex1, Dex3 e Dex5. Os animais de Dex1, Dex3 e Dex5 receberam como medicação pré-anestésica (MPA) 5 µg/kg de dexmedetomidina, via intramuscular e os animais de Prop, receberam 0,1 mL de NaCl 0,9%. A indução anestésica de todos os grupos foi realizada por meio da administração, dose-efeito, de propofol (1 mg/kg a cada 10 segundos). Para a manutenção anestésica o grupo Prop recebeu 0,3 mg/kg/min de propofol e 3 mL/kg/hora de NaCl 0,9%; os grupos Dex1, Dex3 e Dex5 receberam 0,2 mg/kg/minuto de propofol e respectivamente 1 µg/kg/hora, 3 µg/kg/hora e 5 µg/kg/hora de dexmedetomidina, diluída em NaCl 0,9% (3 mL/kg/hora). Os animais foram mantidos em anestesia por 100 minutos, sendo que os primeiros 60 minutos foram utilizados para ajustar as doses necessárias para manutenção anestésica e após, as gatas foram submetidas à ovariohisterectomia, padronizada em 40 minutos. Durante o período transanestésico os parâmetros cardiorrespiratórios, plano anestésico, doses necessárias para a realização da manutenção anestésica e necessidade de suplementação analgésica foram avaliados em intervalos de 10 minutos, enquanto que os gases sanguíneos e eletrólitos foram avaliados aos 5 e 60 minutos após a indução. No período pós-operatório foram avaliados o tempo e qualidade de recuperação anestésica, escore de sedação e analgesia. As adições de dexmedetomidina, nas doses de 1, 3 e 5 µg/kg/hora, reduziram o consumo de propofol em 72,8%, 71,1% e 74,6% respectivamente. O uso concomitante da dexmedetomidina promoveu bradicardia e maiores valores de pressão arterial média quando comparado ao uso isolado de propofol. O grupo Prop apresentou mais eventos classificados como hipotensão que os demais grupos. A quantidade de suplementação analgésica transoperatória dos grupos Dex1, Dex3 e Dex5 foi consideravelmente menor do que do grupo Prop (Dex1 3 [2;4], Dex3 3 [2;4], Dex5 3 [2;4] e Prop 5 [4;7]). O tempo de recuperação anestésica foi menor nos grupos Dex1 (129 minutos [122;134]) e Dex3 (127 minutos [70;139]), quando comparados aos grupos Dex5 (130 minutos [88;155]) e Prop (165 minutos [135;180]). O Prop apresentou pior escore de recuperação anestésica quando comparado aos grupos Dex1 e Dex5 (Dex1 4 [4;5], Dex3 3 [3;4], Dex5 4 [3;5] e Prop 1 [1;3]). Conclui-se que a adição de dexmedetomidina na AIT reduz a necessidade de propofol para a manutenção anestésica e promove certo grau de analgesia transoperatória, reduz o tempo de recuperação anestésica e melhora a qualidade desta. A dose de 1 µg/kg/hora de dexmedetomidina apresentou menores alterações nos valores da pressão arterial média, sendo considerada a melhor opção para animais normo e hipertensos. |