Avaliação da microcirculação sublingual de equinos anestesiados com infusão contínua de dexmedetomidina para cirurgia de artroscopia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Garcia, Laís Lagrotta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
OPS
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-24022021-084136/
Resumo: A dexmedetomidina é um alfa2-agonista seletivo, que promove analgesia, relaxamento muscular, hipnose, aumento de pressão arterial e vasoconstrição periférica, podendo alterar a microcirculação. Sabendo que a microcirculação satisfatória é necessária para o transporte de oxigênio, sua avaliação se torna importante. Esse estudo teve como objetivo avaliar a microcirculação dos equinos anestesiados sob infusão contínua de dexmedetomidina. Foram selecionados 16 equinos, de ambos os sexos, com idades entre 1 a 12 anos submetidos à cirurgia de artroscopia. Como medicação pré anestésica, foi realizado xilazina, indução com cetamina, diazepam e éter gliceril guaicaol e manutenção com isoflurano em ventilação controlada. Os animais foram randomizados em dois grupos sendo dexmedetomidina 1,75 µ/kg com lidocaína 1,3 mg/kg bolus seguido por 0,05 mg/kg/min em infusão contínua (grupo DEX) e somente lidocaína 1,3mg/kg bolus seguido por 0,05mg/kg/min em infusão contínua (grupo LID). Parametros hemodinâmicos como pressão arterial média, sistólica e diastólica, frequência cardíaca, capnografia e hemogasometria foram comparados com avaliação da microcirculação através do lactato e da imagem obtida por meio de OPS. As análises foram divididas em quatro tempos, sendo a primeira antes do início da infusão, seguida por 15, 30 e 60 minutos após o início da infusão dos fármacos. Os dados foram submetidos a teste de normalidade e variâncias iguais, para então avaliar comparativamente os grupos pelo utilizado Análise de Variância (ANOVA) de duas vias com pós-teste de Tukey para comparação entre grupos e entre os momentos em um mesmo grupo. Todas as variáveis referente à microcirculação não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, assim como a pressão arterial média e sistólica, porém houve diferenças significativas na pressão arterial diastólica no T15 sendo em média superior em DEX 68.75 ± 13.00 e inferior em LID 56.25 ± 6.71. O grupo LID apresentou maior necessidade de resgate de vasoativo (5 animais) quando comparado ao grupo DEX (nenhum animal). O lactato apresentou melhora no valor médio final de 2.2 ± 0.24 para 1.8 ± 0.38 quando comparado com basal do grupo DEX, sugerindo não comprometer o transporte de oxigênio da periferia e perfusão de órgãos. Os valores semelhantes de microcirculação entre os grupos demonstram que a dexmedetomidina sem a dose bolus não comprometeu a microcirculação dos equinos desse estudo sendo um protocolo viável para cirurgias eletivas em equinos.