A “ameaça mística”: perseguição, exílio e cooptação dos místicos - O estudo de caso de São João da Cruz (1542-1591)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, César Moisés lattes
Orientador(a): Amaral, Clínio de Oliveira lattes
Banca de defesa: Amaral, Clínio de Oliveira, Rangel, João Guilherme Lisboa, Santos, Lyndon de Araújo, Gouvêa, Ricardo Quadros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13962
Resumo: A presente dissertação tem como objeto o exercício da mística, particularmente a praticada, e ensinada, pelo frei carmelita descalço espanhol, João da Cruz, e o quanto ela possivelmente influenciou e, caso tenha feito, em que medida foi decisiva e contribuiu em sua perseguição, encarceramento e exílio. Para isso, após uma explicação do quanto a experiência místico-carismática foi fundamental no Cristianismo nascente, como essa característica foi encarada após a institucionalização religiosa, gerando a fundação do monaquismo, estudamos brevemente a vida do doutor místico, desde o seu nascimento, formação, ingresso na Ordem do Carmo, bem como seu encontro decisivo com sua mentora, Teresa d’Ávila, a parceria da dupla na reforma da ordem a que ambos pertenciam e, finalmente, seu encarceramento, sua perseguição e o seu misterioso exílio. O foco da investigação está no conceito de “prática mística” de João da Cruz, analisada através de suas Obras completas, mostrando o conteúdo e a forma que ela possui, bem como o que propõe, vendo casos similares, tanto anteriores ao frei carmelita espanhol, quanto contemporâneos a ele, formando um dossiê que culmina no estudo do seu caso mostrando que, mesmo místicos institucionalizados e de uma prática antagônica à carismática e/ou entusiasta, podem ter sido vistos como potenciais sublevadores da ordem estabelecida na Igreja, representando uma ameaça.