Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Anelito Pereira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-23082007-133135/
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Resumo: |
Esta tese investiga a origem e a configuração do clamor na obra em prosa e verso de Cruz e Sousa, a partir do pressuposto de que nesse aspecto se revelam questões que dizem respeito à constituição do ser, à experiência mística e à representação de outrem. Apresentando-se claramente apenas na fase final da obra sousiana, em livros como Evocações e Últimos sonetos, o clamor pode ser entendido, à maneira heideggeriana, como um \"modo de discurso\" da consciência autoral resultante de um intenso processo criativo, espécie de situação terminal desse processo. Considera-se aqui que esse processo se desenvolve ao longo de cinco fases, compreendidas como estágios de uma mesma experiência de expressão artística: no primeiro estágio, observa-se a complicação da legibilidade da escrita; no segundo, observa-se que essa complicação deriva de uma problemática de percepção, uma dificuldade de dar visibilidade ao que supostamente se vê; no terceiro, observa-se que essa dificuldade é efeito de uma outra, qual seja, a de distinguir sujeito e objeto; no quarto estágio, observa-se que, em função mesmo dessa dificuldade de distinção, a obra se caracteriza, a partir de Missal, como movimento de figuração do íntimo, no sentido de uma natureza estética que não se coloca em situação dialética com aquilo que constitui sua exterioridade; no quinto estágio, observa-se, a partir de Broquéis, um gradativo esforço de dizer o indizível, de apresentar o que não se pode representar verbalmente. Tais aspectos, visados a partir do conceito lacaniano de \"letra\", permitem a compreensão do clamor como traço identitário da forma sousiana, através do qual se afirma a singularidade de um autor e sua obra na cultura brasileira. |