Orúkọ: o sentido político-filosófico dos nomes próprios de origem africana na diáspora brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Obalerá, Lucas lattes
Orientador(a): Noguera, Renato lattes
Banca de defesa: Noguera, Renato lattes, Nascimento, Wanderson Flor do lattes, Oliveira, Eduardo David de lattes, Pontes, Katiúscia Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20773
Resumo: O presente trabalho tem a finalidade de investigar aspectos filosóficos contidos nas religiões de matriz africana, em especial dos Candomblés da nação Ketu. Reconhece a contribuição epistemológica dos terreiros de Candomblé, tendo por objetivo refletir acerca da relevância cultural, política e filosófica dos nomes próprios de origem africana. Busca problematizar a retirada sistemática desses nomes durante o sistema colonial escravista, realizando uma análise que evidencia a gravidade dessa violência. Recupera as reflexões desenvolvidas por Nêgo Bispo acerca da relação entre o ato de colonizar e o ato de denominar seres e coisas. A dissertação, fundamentada em sua filosofia contracolonial, arvora-se a pensar sobre a relação entre aquilo que Bispo identifica como “guerra das denominações” e o debate sobre reassumir os nomes próprios de origem africana. Dentro dessa perspectiva, estabelece um diálogo com as reflexões em torno da importância de as pessoas negras assumirem os nomes africanos, desenvolvida por Molefi Kete Asante. Por outro lado, compreende os terreiros de Candomblé como espaços políticos, espirituais e filosóficos de preservação dos nomes através dos seus rituais de nomeação, busca responder às seguintes questões: quais seriam os possíveis sentidos e significados político-epistemológicos do orúkọ - o nome de iniciação - dentro de uma concepção filosófica negroafricana vivida nos terreiros? Qual dimensão de Ser, o orúkọ é capaz de expressar? Por que orúkọ é uma palavra carregada de poder? Que força é essa que nasce do ato de pronunciar orúkọ? Em que medida o orúkọ cria possibilidades de impulsionar uma jornada existencial de (auto)conhecimento?