Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Aluize, Márcio André da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255914
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo o mapeamento e a busca pela compreensão de como foram estruturadas as identidades dos povos de axé em seis comunidades de religiosidade de matrizes africanas em três cidades do interior do interior do estado de São Paulo, Brasil, buscando a promoção de discussões de assuntos comuns às comunidades pesquisadas e trazendo questões importantes, como memórias, tradições, projetos sociais, racismo religioso, mitologias, dentre outras, todas essas questões são pertinentes às cosmopercepções desses povos de axé. Para a fundamentação e assertividade da pesquisa, consideramos indispensável desenvolver a pesquisa de campo, que foi realizada no ano de 2022 nas cidades de Monte Azul Paulista, Bebedouro e Olímpia. Esse movimento de observação dessas comunidades religiosas nos possibilita a compreensão de como as tradições dos candomblés e umbandas se mantêm ou se reestruturam fora de um contexto originário (Bahia), observando como essas comunidades pesquisadas se desenvolveram, mantêm e ressignificam suas características enquanto religiões de matrizes africanas, através da expansão territorial de determinados grupos antepassados, em específico para o Sudeste brasileiro. A pesquisa dedica-se a compreender os distanciamentos e pertencimentos desses povos com as matrizes africanas, permitindo assim a concepção dessas identidades e suas permanências no campo da resiliência das religiosidades, evidenciando um processo de jornadas que nos liga ou religa ao continente africano. Para o estabelecimento desse elo entre o continente africano, a Bahia e o Sudeste brasileiro, tornaram-se indispensáveis estudos que possibilitaram a constatação dessa trajetória, a evidenciação de um elo condutor, do surgimento das identidades do povo de axé do interior do estado de São Paulo. A pesquisa se realizou por meio da perspectiva de pesquisa participativa, pesquisa antropológica e pesquisa etnográfica, considerando todos os elementos observados e as vivências junto a essas seis comunidades, Tenda de Umbanda “Caboclo Caramã e Pai Cesário” (Olímpia-SP), Ilê Iyeiyeô Axé Olú Aiyê Jagun (Olímpia-SP), Templo Pai Joaquim de Angola (Bebedouro-SP), Tenda de Caridade Sagrada (Bebedouro-SP), Ylê Asé Meje Afefe T’ina (Monte Azul-SP) e Ylê Alaketu Asé Ogun Onire (Monte Azul-SP). As entrevistas, os registros, as conversas e os demais elementos nos permitiram transitar por encruzilhadas multiculturais e pluriétnicas, constatando a existência de um “negro interior” enquanto comunidades nas religiões de matrizes africanas no interior do estado de São Paulo. |