Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vitari, Gabriela Lopes Vivas
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Orientador(a): |
Santos, Huarrisson Azevedo |
Banca de defesa: |
Santos, Huarrisson Azevedo,
Santos, Tiago Marques dos,
Guedes Júnior, Daniel da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11964
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Resumo: |
A piroplasmose equina se destaca dentre as doenças que atingem a maioria dos plantéis de equídeos no Brasil, e é causada por protozoários, de localização intraeritrocítica, denominados Theileria equi e Babesia caballi. O trabalho teve como objetivo determinar a taxa de infecção natural por T. equi e B. caballi nos carrapatos coletados em pastagens frequentadas por equinos e/ou bovinos nas Microrregiões Serrana e de Itaguaí no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Além disso, objetivou-se avaliar os possíveis fatores associados a presença de carrapatos coletados nas pastagens nas diferentes propriedades, de acordo com as características de cada microrregião estudada. As coletas de carrapatos foram realizadas em 28 propriedades nas regiões de estudo no período de janeiro a agosto de 2013. Os carrapatos foram coletados nas pastagens pelo método de arraste de flanela sobre a vegetação, por armadilhas de CO2 e por coleta manual após visualização. Os Ixodideos coletados foram identificados, contados, separados por estágio de desenvolvimento e foram formadas amostras de “pools” de carrapatos. O DNA genômico foi extraído e as amostras foram submetidas a PCR em tempo real e nested PCR. Foram coletados 4.716 Ixodideos, sendo 84,8% (n=3.997) do gênero Amblyomma, 10,9% (n=514) do gênero Dermacentor e 4,3% (n=205) do gênero Rhipicephalus. Destes, observou-se um total de 4.276 larvas coletadas, 431 ninfas e 9 adultos. Na microrregião de Itaguaí 92,3% (n=13) das propriedades tinham a presença de carrapatos na área de pastagem dos animais, diferindo significativamente (p<0,05) da microrregião Serrana, onde somente 53,3% (n=15) das propriedades apresentavam carrapatos. Dentre todas as variáveis analisadas em relação à criação dos animais, somente a presença de carrapatos nos equinos apresentou associação estatística (p<0,05, RF=3,6) com a presença de carrapatos nas pastagens das propriedades. Em relação aos métodos de coleta de carrapatos, observou-se que na armadilha de CO2 foi possível coletar uma porcentagem maior de ninfas quando comparado às larvas. Contudo, no arraste de flanela sobre a vegetação, observou-se uma porcentagem maior de larvas quando comparado com o outro estágio de desenvolvimento. Na detecção de DNA alvo para T. equi, 5,8% (n=24) das amostras de carrapatos testadas foram consideradas positivas pelas técnicas de PCR em tempo real (qPCR) e nested PCR. Sobre o total de cada gênero de carrapato analisado, observou-se que 5,1 % (n=18) das amostras de Amblyomma, 13,2% (n=5) das amostras de Dermacentor e 4,0% (n=1) das amostras de Rhipicephalus apresentaram amplificação do DNA alvo de T. equi na qPCR. Do total de amostras analisadas (n=414), 1,9% (n=8) apresentaram amplificação do gene que condifica para a proteína da roptria BC48, especicífico para B. caballi através da nested-PCR. Observou-se que 1,7% (n=6) das amostras pertencentes ao gênero Amblyomma e 5,3% (n=2) das amostras do gênero Dermacentor amplificaram o fragmento alvo. Pode-se concluir que o gênero Amblyomma é o mais frequentemente encontrado nas pastagens das microrregiões, e que os gêneros Amblyomma e Dermacentor são capazes de se infectar naturalmente por T. equi e B. caballi nas regiões estudadas. A detecção de T. equi em larvas de carrapatos dos três gêneros indica que há ocorrência de transmissão transovariana nessas espécies. |