A cor das empregadas: desigualdades de gênero, raça e classe no cotidiano do trabalho doméstico remunerado do Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nogueira, Tamis Porfírio Costa Crisóstomo Ramos lattes
Orientador(a): Guedes, Moema de Castro lattes
Banca de defesa: Guedes, Moema de Castro lattes, Pereira, Luena Nascimento Nunes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11543
Resumo: A presente dissertação objetiva tratar do cotidiano do trabalho doméstico remunerado através de uma perspectiva de gênero, raça e classe de forma coextensiva. A partir dos seus próprios relatos, coletados através de entrevistas, esta pesquisa busca captar as desigualdades vivenciadas pelas trabalhadoras domésticas em seu ambiente de trabalho e no relacionamento com seus patrões, de forma a tentar compreender como as relações sociais de raça, classe e gênero podem moldar e interferir em tais relacionamentos desiguais em diferentes âmbitos. As desigualdades abordadas se mostram de forma complexa, pois estão envoltas em afetividades em um ambiente de intimidade e que idealmente deveria ser de harmonia, o lar. Porém, a partir da entrada da figura da trabalhadora doméstica ganha cargas de tensão e conflito gerados por um sujeito externo à família e que em sua grande maioria possui uma raça e uma classe consideradas inferiores socialmente. A desigualdade intragenero também é um elemento que deve ser considerado. Sendo assim, esta pesquisa visa destrinchar as nuances e os contrastes gerados por imagens estereotipadas e estigmatizadas, construídas histórica e socialmente às quais as domésticas, em sua grande maioria, negras, carregam. Estas imagens fixas podem afetar tanto o seu cotidiano de trabalho, tornando-o exploratório, servil e por muitas vezes humilhante, quanto a construção individualizada de si mesmas.