Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Amanda Camila Esteves de
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Orientador(a): |
Popinigis, Fabiane
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Banca de defesa: |
Popinigis, Fabiane,
Negro, Antônio Luigi,
Goncalves, Margareth de Almeida |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13939
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objeto de estudo as relações de trabalho dos trabalhadores escravizados da Imperial Fazenda de Santa Cruz, uma grande fazenda no interior da capitania do Rio de Janeiro, pertencente a Coroa Imperial. Trata-se de um estudo cujo objetivo é acompanhar um grupo de sujeitos nos seus arranjos de trabalho para entender o que estava sendo acionado a partir da esfera laboral. Para isso, utilizaremos a documentação sobre o comércio e aluguel de escravizados na Imperial Fazenda de Santa Cruz que está depositada no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro nos conjuntos documentais constituídos pelo Fundo Nacional da Fazenda de Santa Cruz, os registros paróquias de batismos de escravizados do Curato de Santa Cruz e as listas na seção província do Rio de Janeiro no periódico Almanak administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de janeiro. Nessa documentação, buscamos por seus nomes e analisamos o costume dos escravizados da Fazenda de Santa Cruz de adquirirem nomes compostos. Nessa estrutura nominativa, aqueles homens e mulheres reforçavam seus costumes, que remontavam ao “tempo dos padres”, com saudosismo, o que simbolizava a sua devoção, crenças e piedades, mas, também, as suas negociações e estratégias. Conhecer essa comunidade por seus nomes e sobrenomes, foi um bom começo. Para investigar a estrutura de ordenação dos arranjos de trabalho da Fazenda no século XIX, as categorias de serviço realizados e as práticas de aluguel “para fora” da Fazenda e de “alugados a si” pelos escravizados. Percebemos assim que os deslocamentos para Quintas, Paços e outras Repartições da Coroa Imperial, foi, prática comum na primeira metade do século XIX, menos para estabelecimentos públicos como do que para fins privados, senhores particulares no entorno de Santa Cruz, e escravizadas alugadas a si. Assim, apontamos como estrutura de comércio e aluguel de escravizados na Fazenda de Santa Cruz, o sistema de alugados a diversos e a si. Esse comércio, estava voltado para senhores particulares: fazendeiros, lavradores e comerciantes na cidade do Rio de Janeiro e na Província Fluminense. Toda essa organização laboral era permeada pela divisão sexual do trabalho que determinava atribuições, ofícios e ocupações diversas para homens e mulheres, cujos significados buscamos explorar. |