Mundos do trabalho no seu fazer-se: britânicos, livres, libertos e escravizados (Brasil, 1880-1905)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Rute Andrade
Orientador(a): Negro, Antônio Luigi
Banca de defesa: Souza, Felipe Azevedo e, Castellucci, Aldrin Armstrong Silva, Azevedo, Elciene Rizzato, Santos, Cristiane Batista da Silva, Negro, Antônio Luigi
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33185
Resumo: A tese aqui apresentada mostra importantes aspectos dos mundos do trabalho no Brasil entre 1880 e 1905, desvelando complexidades, nuances e, dessa maneira, contribuindo para a historiografia sobre o trabalho e os trabalhadores no Brasil em um período tão caro da nossa história, quando as discussões em torno do trabalho de livres e escravizados eram tão vívidas. Tal tema é bastante amplo, e esta tese de modo algum tem ambição de esgotá-lo, tendo sido adotada uma metodologia de maneira a delimitar a discussão através da priorização de fontes produzidas por britânicos no Brasil, as quais mostraram peculiaridades e complexidades de relações de trabalho rurais que são pouco conhecidas ou debatidas. Assim, tem por objetivo apresentar como os britânicos viram os mundos do trabalho no Brasil, debatendo seus diferentes pontos de vista sobre um tema tão complexo, bem como discutir a participação de alguns deles nesses mesmos ambientes laborais os quais eles não apenas observaram, mas por vezes também vivenciaram e sobre o qual redigiram. Trata-se de textos jornalísticos, relatos de viagem e documentação consular de onde se mostrou possível extrair a forma através da qual muitos deles registraram suas experiências relacionadas aos mundos do trabalho no Brasil, num constante exercício de alteridade. Opinaram sobre a escravização de povos africanos e seus descendentes, criticaram os trabalhadores livres do interior do país, e também muitos de seus próprios conterrâneos, trabalharam junto com os brasileiros, contrataram mão de obra cativa, liberta ou livre, tudo de acordo com suas conveniências, enfim, escreveram sobre o que viram e viveram, é certo, às vezes com seus próprios olhos, às vezes com os do Império Britânico.