Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2015 |
| Autor(a) principal: |
Cepeda, Marcio Barizon
 |
| Orientador(a): |
Fonseca, Adivaldo Henrique da |
| Banca de defesa: |
Fonseca, Adivaldo Henrique da,
Brito, Marilene de Farias,
Cançado, Paulo Henrique Duarte,
Guedes Júnior, Daniel da Silva |
| Tipo de documento: |
Dissertação
|
| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
|
| Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
| País: |
Brasil
|
| Palavras-chave em Português: |
|
| Palavras-chave em Inglês: |
|
| Área do conhecimento CNPq: |
|
| Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11976
|
Resumo: |
A Espiroquetose Aviária é uma enfermidade septicêmica de curso agudo, cosmopolita, podendo acometer diversas espécies aviárias, sendo causada por Borrelia anserina (Sakharoff, 1891). Esta espiroqueta extremamente móvel pode ser encontrada no plasma sanguíneo das aves doentes, na fase aguda da doença. O experimento teve como objetivos estabelecer a transmissão experimental de B. anserina em Gallus gallus e avaliar as alterações clínicas, bioquímicas e anátomo-histopatológicas causadas pela espiroquetose aviária. Um total de 40 aves da espécie G. gallus foram divididas em quatro grupos inteiramente casualizados contendo dez animais cada: G1 - inoculadas com soro infectado com B. anserina; G2 - inoculado com soro fisiológico a 0,9%; G3 - exposto a carrapatos N3 de Argas miniatus infectados por B. anserina; G4 - exposto a carrapatos N3 de A. miniatus livres de B. anserina. O experimento durou 24 dias, sendo realizado diariamente a contagem de espiroquetas no sangue periférico das aves enfermas durante a infecção. O exame microscópico do soro dos grupos infectados, visualizados em microscopia de campo escuro, demonstrou inúmeras espiroquetas aglomeradas no pico de parasitemia. O período pré-patente e o período de patência, em dias, para o Grupo1 foi respectivamente, 2 ± 0,30 e 5 ± 1,38. No Grupo 3, foram encontrados 5 ± 0,97 para o período pré-patente e 5 ± 1,03 para período de patência. Todas as aves dos Grupos 1 e 3 manifestaram no 3º DPI e 6º DPI respectivamente, sintomatologia que se caracterizou por inapetência, perda de peso, sonolência, diarreia esverdeada, mucosas hipocoradas, penas arrepiadas e hipertermia. Os sintomas permaneceram até o 9º DPI, quando cessou a espiroquetemia no sangue, melhorando a saúde das aves. Amostras de soro dos grupos experimentais foram coletadas, sendo a atividade de ALT e AST mensuradas, assim como o nível sérico do ácido úrico, creatinina, colesterol total, proteínas totais e glicose. Os níveis de ALT do Grupo 1 aumentaram apenas no 12º e 24º DPI em relação ao seu grupo controle e no Grupo 3 esses níveis se mantiveram elevados até o 20º DPI. A enzima AST pouco oscilou nos grupos experimentais, embora no Grupo 1 esteve aumentado no 12º DPI. O aumento do ácido úrico, das proteínas totais e de ALT nas aves infectadas cursaram com o quadro clínico e permaneceram até mesmo após o período de espiroquetemia da infecção. A histopatologia hepática revelou a presença de infiltrados inflamatórios mononucleares, focos de necrose fibrinóide, congestão, dilatação dos sinusóides, obstruções e vacuolização de hepatócitos. No baço, houve perda do tecido linfoide e necrose fibrinóide na região medular. Evidenciou-se ainda a presença de congestão e inflamação nos rins, assim como inflamação e edema de meninges. Espiroquetas foram visualizadas nos tecidos quando coradas pela prata, marcando sua presença no interior de vasos e de hepatócitos. Conclui-se que a borreliose aviária provocou alterações clínicas que coincidiram com a espiroquetemia das aves. O aumento da atividade enzimática de ALT, do ácido úrico e das proteínas totais, associados aos achados anátomo-histopatológicos, com presença das espiroquetas nos tecidos, confirmam os danos hepáticos e a septicemia da doença. |
