Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Motta, Cássia Couto da
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Orientador(a): |
Souza, Miliane Moreira Soares de |
Banca de defesa: |
Souza, Miliane Moreira Soares de,
de-Marval, Marcia Giambiagi,
Oliveira, Celso José Bruno de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11695
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Resumo: |
Staphylococcus aureus é considerado o principal agente causador da mastite bovina, no entanto, outras espécies de Staphylococcus coagulase-positivos (ECP) também estão associadas a esta enfermidade, mas muitas vezes são erroneamente diagnosticadas como S. aureus, o que pode acarretar problemas na detecção fenotípica da resistência aos beta-lactâmicos. Muitos métodos genotípicos vêm sendo desenvolvidos para a identificação de S. aureus e demais ECPs. Por outro lado, a identificação proteômica com utilização da ferramenta MALDI-TOF MS para caracterização das espécies fornece resultados mais rápidos e seguros. ECPs podem apresentar um alto nível de resistência antimicrobiana, especialmente aos beta-lactâmicos, o que favorece a sua persistência no rebanho. O monitoramento desta resistência é essencial e a realização da leitura interpretativa dos antibiogramas pode ser uma aliada na detecção de resultados não usuais, no reconhecimento de quais drogas devem ser evitadas e que podem selecionar a resistência, além de permitir, através do uso de marcadores fenotípicos de resistência, a predição do mecanismo envolvido. Dois mecanismos distintos determinam a resistência a esta classe: a produção de beta-lactamases, codificada pelo gene blaZ, e a produção de uma PBP modificada (PBP2a), codificada pelo gene mecA. Isolados que possuem o gene blaZ expresso são frequentemente resistentes à penicilina e ampicilina. A expressão do gene mecA confere resistência a todos os antimicrobianos desta classe. Entretanto, evidências recentes, revelam que a detecção do gene mecA não desempenha um papel significativo em relação a isolados de estafilococos de origem bovina. O presente estudo foi conduzido para caracterizar, por diferentes técnicas, os isolados de ECP oriundos da cadeia produtiva do leite, propondo uma chave de identificação genotípica para S. aureus. Além disto, buscou-se avaliar o perfil fenogenotípico da resistência aos beta-lactâmicos. A espécie de ECP prevalente neste estudo foi S. aureus (97,9%), seguida de S. hyicus (1,4%) e S. intermedius (0,7%). A identificação genotípica de S. aureus proposta apresentou 100% de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo, quando comparada com a técnica proteômica MALDI-TOF MS. A identificação de S. hyicus e S. intermedius só foi possível graças à ferramenta MALDI-TOF MS. A resistência aos antimicrobianos oxacilina (1,4%), amoxicilina + ácido clavulânico (1,4%), eritromicina (2,8%) e cefalotina (10%) foi baixa. Não houve resistência ao antimicrobiano imipenem. Foi observada em 80,7% dos isolados a resistência à penicilina e, em 41,9% detectou-se o gene blaZ. O gene mecA foi detectado em 2,7% e o gene mecRI em 75% dos isolados avaliados, que foram sensíveis à oxacilina. Alguns dos isolados resistentes a beta-lactâmicos não apresentaram nenhum dos genes de resistência, indicando a necessidade de mais estudos para a melhor compreensão de como estes mecanismos funcionam para estes isolados. |