Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Marín Rojas, Anna Carolina Coelho
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Orientador(a): |
Souza, Miliane Moreira Soares de
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Banca de defesa: |
Soares, Lidiane de Castro,
Oliveira, Celso José Bruno de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11953
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Resumo: |
Os estafilococos coagulase-negativos (ECNs) passaram a ter destaque como agentes etiológicos da mastite bovina, doença que traz grandes perdas econômicas aos fazendeiros e à indústria de laticínios. A identificação convencional das espécies de ECNs por meios fenotípicos é demorada e laboriosa e para contornar os problemas dos métodos bioquímicos, várias técnicas genotípicas foram propostas. Entre elas, o método de PCR-RFLP de uma sequência parcial do gene groEL é uma alternativa promissora por sua rapidez, reprodutibilidade e confiabilidade. Por outro lado, a abordagem proteômica, representada pela técnica de MALDI-TOF MS, além da facilidade de execução, fornece um diagnóstico extremamente rápido e preciso e tem sido cada vez mais empregada na identificação microbiológica. No âmbito da mastite bovina, o emprego racional dos antimicrobianos depende de um monitoramento contínuo da resistência aos fármacos mais utilizados nos plantéis leiteiros. Além disso, cepas resistentes representam um risco potencial à saúde pública. No gênero Staphylococcus spp., dois mecanismos determinam a resistência aos betalactâmicos: a síntese de beta-lactamases, codificadas pelo gene blaZ e a produção da PBP2a, uma PBP modificada, codificada pelo gene mecA. A expressão deste gene é preocupante por conferir resistência à toda classe dos beta-lactâmicos. Este trabalho teve como objetivo a identificação de 145 ECNs isolados de mastite bovina, através de métodos fenotípicos e moleculares e a investigação dos seus perfis fenotípicos de suscetibilidade à antimicrobianos de diferentes classes, especialmente os beta-lactâmicos e a detecção de genes associados à resistência. Staphylococcus chromogenes foi a espécie mais isolada, com prevalência de quase 70%. S. xylosus e S. sciuri apresentaram, cada uma, prevalência de 7%. A identificação fenotípica mostrou concordância de 78,6% com a identificação molecular. O coeficiente Kappa de Cohen calculado para os métodos de identificação utilizados foi de 59,7%, considerado uma valor limítrofe entre uma concordância boa e moderada. A resistência antimicrobiana foi relativamente baixa: 24,8% para a penicilina, 9,6% para oxacilina, 6,2% para cefoxitina e 3,4% para eritromicina. Não foi observada resistência ao imipenem, cefalotina ou à associação amoxicilina+ácido clavulânico. O gene mecA foi detectado em 7,6% (11/145) dos isolados, embora apenas 2 deles tenham demonstrado resistência à cefoxitina no teste de difusão em disco. O gene blaZ foi encontrado em 44,4% (16/36) dos isolados resistentes à penicilina e em 7,3% (8/136) dos isolados suscetíveis a este antibiótico. A prevalência significativamente diferente encontrada entre as espécies de ECNs isolados de infecções intramamárias subclínicas e a distinta distribuição dos perfis de resistência entre elas, sugerem um impacto clínico e epidemiológico característico para cada uma das espécies de Staphylococcus spp. coagulase-negativos envolvidas na mastite bovina. |