Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Chaffe, Anna Beatriz Pizarro |
Orientador(a): |
Schuch, Luiz Filipe Damé |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3008
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Resumo: |
Staphylococcus spp é uma bactéria gram positiva ubíquo na natureza, freqüentemente presente na pele e mucosas de animais, inclusive nos seres humanos. Esse gênero está envolvido numa série de enfermidades localizadas, como infecções de feridas cutâneas ou mais profundas, mastite, otite externa e média; e em enfermidades sistêmicas, neste caso, fortemente relacionadas a procedimentos invasivos, tanto em medicina humana como veterinária. O objetivo deste trabalho foi avaliar a importância de Staphylococcus coagulase positivo meticilina resistente (MRSA) em cães hígidos domiciliados e não-domiciliados (mucosa nasal e anal), cães com enfermidades de pele (dermatite) e otite (local enfermo), leite de quartos bovinos mastísticos, estudantes do Curso de Medicina Veterinária - UFPel (mucosa nasal) e trabalhadores em saúde animal (mucosa nasal), bem como prospecção de plantas medicinais como alternativas de controle. Foram coletadas amostras de cães hígidos domiciliados com proprietário (n ≥ 83) e cães hígidos não domiciliados (n ≥ 83), estes últimos recolhidos ao módulo canil do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura Municipal de Pelotas, RS. Cães com enfermidades de pele ou otite (n > 50) foram angariados junto a clinicas particulares e nos serviços de atendimento do Hospital Veterinário (HCV) da Faculdade de Veterinária - UFPel. Estudantes de veterinária do curso de Medicina Veterinária da UFPel (n = 83) e trabalhadores em saúde animal (nº não inferior a 50) foram convidados a participar do projeto. Amostras de leite de quartos bovinos mastísticos (n > 500) foram obtidas da rotina de trabalho do Laboratório de Doenças Infecciosas e de produtores da região sul do Rio Grande do Sul. Foi avaliada a atividade “in vitro” de extratos hidralcoólicos de 5 plantas com indicativo etnográfico, como carqueja (Baccharis trimera), capim-limão (Andropogon ceriferus), jambolão (Syzygium cumini), aroeira (Schinus terebinthifolius raddi), chinchilho (Tagetes minuta L.), frente a 9 cepas de Staphylococcus coagulase positivo meticilina resistente (MRSA), nas quais foram testadas através de uma triagem, com posterior cálculo da Concentração Inibitória Mínima (CIM) realizado pelo método de diluição em micro placa (Schuch, 2007). Os procedimentos laboratoriais foram executados no Laboratório de Doenças Infecciosas da Faculdade de Veterinária UFPel. Os resultados indicaram que amostras isoladas de cães hígidos domiciliados e não domiciliados apresentam S. coagulase positiva sendo que as amostras de cães não domiciliados apresentaram maior freqüência de Staphylococcus spp. (80%), S. coagulase positiva (44,3%) e S. meticilina resistente (MRSA) (10,3%), comparada às amostras de cães domiciliados. Os cães na faixa de um a seis anos apresentaram-se em maior número, sendo 107 amostras isoladas em relação às outras faixas de idade (n=192). Os cães de porte médio (n = 93) apresentaram maior percentual de S. coagulase positiva e resistência a meticilina. Não houve diferença significativa em relação ao sexo dos animais. Nas amostras isoladas de cães com otite (n = 53) / dermatite (n = 9) observa-se uma maior freqüência para Staphylococcus coagulase positiva e resistência a meticilina nas amostras coletadas de cães com otite. Foram também avaliadas as amostras S. coagulase positivas resistentes em relação à idade, porte, sexo, pelagem e espécies encontradas. Em amostras de leite de bovinos com mastite (n = 497) observou-se um percentual de 32,8% de amostras isoladas S. coagulase positiva e 9,7% S. coagulase positivas meticilina resistentes (MRSA). Em 83 amostras nasais de alunos da graduação da Faculdade de Veterinária a maior representatividade de amostras S. coagulase positiva e S. coagulase positiva meticilina resistente ocorreu em alunos que estavam acima do 7° semestre, em relação ao total de amostras positivas para Staphylococcus spp (n=66) representando 20% de S. coagulase positiva resistência à meticilina. Dos 60 trabalhadores, 9% (n=43) eram do sexo feminino onde 7% (n=28) eram veterinários e 20% (n=5) serventes com amostras nasais coagulase positiva resistente à meticilina. Entre todas as amostras de Staphylococcus coagulase positiva, ocorreu uma maior frequência de Staphylococcus pseudointermedius, fazendo parte da normalidade da microflora cutânea, em particular as mucosas como nariz, boca e ânus. |