Perfil de sensibilidade do Sporothrix brasiliensis aos antifúngicos de escolha no tratamento da esporotricose

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Oliveira, Débora Sena de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Antifungigrama; Felino; Resistência; Dermatozoonose; Terapêutica; Doenças do gato; Esporotricose; Micose; Teste de sensibilidade microbiana; Antimicótico; Resistência a medicamento; Tratamento farmacológico; Zoonose; Antifungal susceptibility; Feline; Resistance; Dermatozoonosis; Therapy
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26097

A esporotricose é dermatozoonose que atingiu níveis alarmantes no estado do Rio de Janeiro, Brasil, modelo único no mundo e com número crescente de casos. O felino doméstico é o hospedeiro mais sensível e alcançou status de transmissor eficaz desta micose devido as suas características comportamentais. O tratamento desta zoonose pode ser realizado com diferentes fármacos, porém o itraconazol é o antifúngico de primeira escolha com reduzidos efeitos adversos, quando comparado a outras substâncias utilizadas no tratamento da esporotricose. A terapêutica na espécie felina é relativamente longa e com respostas variáveis e individuais. O custo do tratamento, aceitação do paciente e comprometimento do seu responsável são fatores cruciais para a cura clínica do animal. No entanto casos de recidiva ou até mesmo irresponsivos ao tratamento estão se tornando cada vez mais frequentes, acarretando no estresse do paciente e na frustração do tutor que pode, por fim, solicitar a eutanásia do animal apesar de ser uma doença passível de tratamento. Estudos epidemiológicos demonstraram que dentre as espécies pertencentes ao Complexo Sporothrix schenckii, o S. brasiliensis é o responsável por desencadear a esporotricose felina e também a espécie que possui maior potencial de virulência. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar o perfil de sensibilidade de 40 isolados de S. brasiliensis obtidos de lesões de felinos naturalmente infectados e em diferentes estágios de tratamento sob distintos protocolos terapêuticos e de diversas regiões do Rio de Janeiro, aos seguintes antifúngicos: itraconazol, voriconazol, terbinafina e anfotericina B. Além destes, foi incluído no estudo uma substância de origem sintética da classe das Benzoxatiolonas com comprovada ação antifúngica contra espécies de Candida spp, como possível alternativa terapêutica. Tal substância é denominada ELC01. Os testes de sensibilidade foram realizados pelo método de microdiluição em caldo, conforme o disposto no protocolo do CLSI M38-A2. Os dados aqui obtidos destacam a relevância da determinação do perfil de sensibilidade do Complexo Sporothrix schenckii por ocasião do diagnóstico da esporotricose felina já que perfis distintos de resposta in vitro aos antifúngicos foram descritos, em especial de resistência in vitro frente ao itraconazol, a droga mais frequentemente prescrita.