Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Paula, Angelo Márcio de
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Orientador(a): |
Moreira, Vânia Maria Losada
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Banca de defesa: |
Moreira, Vania Maria Losada,
Leal, Davi Avelino,
Dornelles, Soraia Sales |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15839
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Resumo: |
A pesquisa se dedica ao estudo das relações entre grupos indígenas e colonizadores durante o processo de ocupação colonial dos sertões da Paraíba Nova até a consolidação da região com a economia do café, entre os séculos XVIII e XIX, com foco no trabalho compulsório e demais mecanismos de controle utilizados pelos colonos para o emprego da mão-de-obra nativa, legitimados pela política indigenista colonial e imperial, ou praticados à revelia delas. Historiadores da Nova História Indígena, através de análises de documentos como inventários pós-morte, registros de batismo, atas das câmaras e juízes de órfãos, censos, correspondências e relatos dos viajantes nos mostram as várias estratégias que os colonizadores utilizavam para mascarar o apresamento e a escravidão indígena nas lavouras, na exploração mineral, entre outras atividades. O protagonismo dos paulistas no avanço das fronteiras nos sertões, na exploração mineral e no apresamento indígena é determinante para a ocupação colonial da Paraíba Nova, região considerada “terras proibidas” e utilizadas por exploradores para o descaminho do ouro, principalmente após a abertura do Caminho Novo, aberto por Garcia Rodrigues Paes no início do século XVIII. As Cartas dos oficiais da Câmara de Guaratinguetá (SP), após a retomada do processo da abertura do chamado "Caminho da Piedade", ligando a antiga Vila da Piedade (hoje Lorena-SP) e a Fazenda de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, entre 1765 e 1785, documentam não só o processo de ocupação da Paraíba Nova – região que compreendia um território que se estendia de Areias-SP até os sertões de Barra do Piraí-RJ - como as relações dos colonos com os povos originários. A análise das experiências dos aldeamentos tardios em nossa região, dentre os quais São Luiz Beltrão, São João de Queluz, Valença e Conservatória, com base na historiografia que trata da temática regional e indigenista, permite entender a retomada de uma política de Estado que permitia a utilização da mão de obra em regime de escravidão ou trabalho compulsório. Pretendo responder a seguinte questão: Como as diferentes práticas e relação de trabalho entre colonos e indígenas observado na parte paulista se repetiam e/ou se perpetuaram no Vale do Paraíba Fluminense? |