Da imagem à imagem: Porto Maravilha e Museu do Amanhã no empreendedorismo urbano carioca no início do século XXI
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13753 |
Resumo: | O objetivo desse trabalho é analisar as relações entre o Museu do Amanhã e a dinâmica urbana do centro do Rio de Janeiro no contexto do empreendedorismo urbano, de parcerias público-privadas e de estratégias de marketing. Amparado pelo materialismo histórico-dialético, investigo aspectos políticos, sociais e geográficos a fim de explorar a produção do espaço e suas contradições históricas. Envolvendo Governo Federal, Prefeitura Municipal e a Fundação Roberto Marinho, o Museu do Amanhã é parte de um projeto de desenvolvimento urbano nomeado Porto Maravilha cuja finalidade foi a de reconstruir a antiga área portuária do Pier Mauá para atrair o capital imobiliário. Às margens da Baía de Guanabara, o lugar foi escolhido para fundar um ambicioso edifício arquitetônico caracterizado por formas pós-modernas e por um acervo interativo particularmente consagrado à sustentabilidade ambiental. Entretanto, além de sofrer as consequências da poluição na própria Baía, esse espaço foi um dos mais importantes mercados mundiais de escravos até a segunda metade do século XIX. Atualmente, é cercado de favelas como o Morro da Conceição, Morro da Providência e Morro do Pinto, cujos moradores consistem em migrantes pobres, traficantes de drogas, descentes de quilombos e trabalhadores negros que sempre foram negligenciados pelo poder público. Em face dessas questões, minha conclusão é a de que o Museu do Amanhã não somente oculta a história, mas embranquece-a. Sua arquitetura e seu acervo não são mais que imagens vazias forjadas em nome do espetáculo. Nele, não há espaço para contradições. |