Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Thobias, Thiago de Oliveira
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Perruso, Marco Antonio
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Perruso, Marco Antonio,
Vieira, Flávia Braga,
Icasuriaga, Gabriela Maria Lema |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11501
|
Resumo: |
O presente trabalho apresenta pressupostos e pistas para um diálogo decolonial com Sérgio Buarque de Holanda, à partir da releitura crítica, desde uma perspectiva pós-colonial, de sua consagradíssima obra Raízes do Brasil. Trata-se de uma pesquisa teórica, bibliográfica, articulando teoria social, pensamento social brasileiro e pensamento pós-colonial, com aproximações estratégicas possíveis e distanciamentos táticos necessários. A partir da construção de um quadro teórico com o percurso de construção do movimento pós-colonial, apresento a definição do pós-colonialismo e assumo Aimé Cesaire, Frantz Fanon e Albert Memmi como tríade de pais fundadores. Utilizei, como fontes de pesquisa e interlocução, o clássico, alguns de seus comentadores, autores do pensamento pós-colonial e autores contemporâneos em teoria e pensamento social. Sérgio Buarque, ao escrever o texto na forma de ensaio, nos ofereceu uma obra aberta que convida para o diálogo e reflexão sobre o Brasil – sobre os indivíduos, sobre suas sociabilidades e sobre nossa sociedade. Essa abertura para o diálogo e reflexão foi o que permitiu a releitura crítica pós-colonial, viabilizando a problematização da obra em sua dimensão de sociologia dos processos colonizadores e de história da colonização portuguesa no Brasil. Afasto-me das leituras weberianas dos comentadores, demasiadamente vinculadas à lógica eurocêntrica, mas não julgo e nem sentencio Sérgio Buarque como pós-colonial. A questão central é como Raízes de Brasil dialoga com a discussão de colonialidade tão presente no pensamento pós-colonial dos dias atuais. A hipótese é de que inovações teóricas e conceituais emergem da releitura crítica da obra – de uma perspectiva não-weberiana –, fundamentais para a renovação e ampliação do campo sociológico. Por fim, a relevância desse pequeno esforço teórico está em apontar elementos para esse diálogo e indicar possíveis caminhos para a sistematização de uma Sociologia Pós-colonial, não-eurocêntrica, no Brasil. |