Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tôrres, Pablo Henrique Spíndola
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Orientador(a): |
Julião, José Nicolao
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Banca de defesa: |
Julião, José Nicolao,
Yazbek, André Constantino,
Lins, Carlos Eduardo Freire Estellita,
Teixeira, Rebeca Gontijo,
Chevitarese, Leandro Pinheiro |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10056
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Resumo: |
A proposta foi historiar um debate no qual se propôs pensar sobre como um historiador, que reflete a partir do presente, constitui uma forma outra de pensar o passado. O debate selecionado começa com a publicação do livro Vigiar e Punir: o nascimento das prisões, (Surveiller et punir: naissance de la prison), publicado em 1975 por Michel Foucault. Esse escrito teve uma resenha crítica feita pelo historiador, também francês, Jacques Léonard chamada L’historien et le philosophe – A propos de: Surveiller et punir: naissance de la prison. A crítica foi respondida em um texto chamado A poeira e a nuvem (La poussière et le nuage), escrito por Michel Foucault e se desdobrou em um encontro entre eles e mais alguns historiadores numa mesa- redonda de 20 de maio de 1978 (Table ronde du 20 mai 1978). A investigação foi dividida em três capítulos, no primeiro foi abordado os dois textos que começaram o debate, na tentativa de retomar os seus argumentos e entender com eles foram sendo conduzidos em perspectivas que podem ser associados a um debate mais amplo. Em seguida foram feitas relações com outros debates que estavam ocorrendo na França e uma relação com as tradições teóricas com as quais os dois pensadores podem ser associados. No segundo capítulo, foi feito um levantamento sobre Jacques Léonard, tentando localizar suas pesquisas no cenário da história da medicina francesa e seus pressupostos. Assim como os posicionamentos teóricos que marcaram a forma de Foucault lidar com a história, principalmente no que se refere às genealogias. As genealogias foram historiadas como táticas empregadas por Foucault ao lidar com a história e pensadas no plural, tentado dar contar assim da diversidade de abordagens que elas engendram. Nesse sentido foi necessário retomar as discussões em diversos escritos, palestras, conferências e aulas, no momento da escritura do livro Surveiller et punir. No terceiro capítulo se voltou para o livro, pois a investigação buscou perceber como os sucessivos deslocamentos teóricos de Foucault foram se rearranjando até chegarem no livro propriamente dito. A ideia foi tentar perceber os escritos em movimento e não estabelecer neles uma verdade exegética, para em seguida abordar as argumentações contidas em Surveiller et punir. As argumentações apresentadas no livro foram cartografadas para relacioná-las com o debate que se desdobrou nos textos de Léonard e Foucault. A última parte do texto se dedicou à Table ronde du 20 mai 1978, a preocupação foi perceber entre os participantes, os seus respectivos posicionamentos em relação à história e como nesse momento a discussão deixou de ser sobre o livro de Foucault e passou a ser sobre o saber histórico. A pesquisa se voltou para as considerações levantadas nos debates, principalmente naquilo que, de alguma forma, pareceu ser mais desconfortável aos debatedores ao se problematizar o historiar. Dois posicionamentos em particular: a forma como Foucault pensa sobre seus métodos, principalmente no que se refere à aproximação com as genealogias; e como ele lida com a noção de acontecimento e as implicações disso no seu historiar. |