Impacto da variabilidade climática na ecoepidemiologia do Zika vírus no município do Rio de Janeiro-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rosa, Irineia Sant'Anna lattes
Orientador(a): Santos, Ednaldo Oliveira dos lattes
Banca de defesa: Santos, Ednaldo Oliveira dos lattes, Salles, Maria José lattes, Angelo, Isabele da Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15714
Resumo: No presente trabalho, elaborado no âmbito da sustentabilidade ambiental e da Saúde humana, a manifestação de Zika no município do Rio de Janeiro-RJ encontra-se analisada a partir da relação de sua incidência com a infestação predial de seus vetores e com a variabilidades climática local. As relações entre as variabilidades climáticas e saúde humana, além de sua magnitude, são explicadas pelas incertezas que os envolvem e suas possíveis consequências ainda não totalmente conhecidas. Além disso, prevê-se que a saúde humana será uma das áreas que mais sofrerão com os efeitos das mudanças climáticas, a qual se destacam-se efeitos diretos (doenças e mortes causadas por ondas de calor), ou indiretos (modificação do ecossistema, dos ciclos biogeoquímicos que permitem a elevação de doenças infecciosas transmitida por vetores), mais especificamente sobre o Zika vírus, que representa um sério problema de saúde humana no Brasil e no mundo. Para tanto, o recorte temporal de análise desta pesquisa abrange o ano em que foi confirmado o primeiro caso autóctone de Zika no Rio de Janeiro (2015) até o ano de 2017 onde ocorreu um declínio dos casos desta enfermidade. A evolução sazonal da incidência da doença, infestação dos vetores e variação pluviométrica, térmica e de umidade relativa do ar foram delimitadas devido à disponibilidade dos dados e também porque o estudo da incidência desta doença em relação às condições climáticas torna-se importante quando levada em consideração a extensão territorial e suas características. Devido principalmente ao período de incubação extrínseca no vetor e ao tempo em que a doença leva para se manifestar no humano, é no final da estação de primavera (2015) que se confirma o aumento do número de casos autóctones com ápice no verão (2016) e declínio no outono e inverno. Após as análises realizadas ao longo do estudo, foi possível observar que houve relação entre o elemento clima e a incidência de Zika no Rio de Janeiro e que as variáveis estudadas são consideradas preditoras para o número de casos de Zika neste local. Além disso, as condições atmosféricas do Rio de Janeiro favorecem a ação do mosquito vetor de transmitir o ZIKV, propiciando sua proliferação mais rápida.