Reflexões sobre o ensino de toxicologia ambiental em cursos de graduação em ciências agrárias: estudo de caso no Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Joana Darc de lattes
Orientador(a): Sanavria, Argemiro lattes
Banca de defesa: Sanavria, Argemiro, Thome, Sandra Maria Gomes, Vilela, Joice Aparecida Rezende
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12774
Resumo: A agricultura é um setor em constante crescimento, impulsionado pela crescente demanda por matéria prima, alimentos, dentre outros produtos agrícolas. Alinhada a este crescimento que anualmente quebra recordes, está a utilização de agrotóxicos e outros possíveis contaminantes que alcançam quantidades expressivas todos os anos. Dessa forma, a produção agrícola e o estudo da toxicologia ambiental, ligada aos insumos utilizados, devem caminhar lado a lado, de modo que seja obtida uma produção sustentável. Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar a inserção de temas ligados à toxicologia ambiental nos cursos superiores de bacharelado em Agronomia e Engenharia Agrícola do Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí, partindo do pressuposto de que a formação de profissionais que protagonizam a produção agrícola no país deve ser integrada aos conhecimentos dos possíveis impactos ambientais que a mesma pode ocasionar. Para isso, foi conduzida análise dos Projetos Pedagógicos de Cursos, currículos lattes dos docentes e a percepção de docentes e estudantes por meio de questionários virtuais, a fim de compreender como está proposto o ensino de temas da toxicologia ambiental, a formação e atuação dos docentes nessa área e a percepção dos participantes sobre a área e sua prática nos cursos. Os resultados demonstraram que não há previsão clara de ensino do tema nos PPCs e apenas 3 docentes atuam em pesquisas diretamente ligadas à toxicologia ambiental. Os participantes, em sua maioria, conhecem a área toxicologia ambiental; contudo, 46,15% dos estudantes e 58,82% dos docentes afirmam não ter interesse ou ter pouco interesse pela área. Também foi observado que a maioria acredita haver benefícios na integração entre a área e os cursos; porém, 72,22% dos docentes e 56,25% dos estudantes acreditam que o curso não oportunizou uma formação agrária integrada à área ou não souberam responder. Conclui-se que houve uma pequena inserção de temas da toxicologia ambiental nos cursos, apesar de estudantes e docentes reconhecerem sua importância e demonstrarem algum interesse. Assim, é evidenciada a necessidade de modificações nos cursos que promovam a inserção de temas da toxicologia ambiental de forma transversal, sendo previsto em seus PPCs e traduzido no ensino, na proporção devida em relação a outras áreas.