Efeitos tóxicos do inseticida neonicotinóide imidacloprido em organismos aquáticos não-alvo

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Queiroz, Lucas Gonçalves
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Biomarcadores; Biomarkers; Ecotoxicologia; Ecotoxicology; Mesocosm; Mesocosmo; Pesticida; Pesticide
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97131/tde-28112019-161614/

O imidacloprido (IMI) é o inseticida mais vendido em todo o mundo. Devido a sua ampla utilização, o IMI tem sido detectado em água superficiais, o que gerou preocupação sobre os possíveis impactos que este agrotóxico pode causar sobre o ecossistema aquático. O presente trabalho teve como objetivo levantar dados na literatura acerca do atual panorama de uso deste pesticida e verificar a toxicidade deste composto sobre organismos aquáticos não-alvo representativos deste ecossistema: Raphidocelis subcapitata, Daphnia similis, Chironomus sancticaroli, Danio rerio e Poecilia reticulata. Além dos ensaios convencionais, foi proposto um modelo de avaliação baseado em um sistema em escala de mesocosmo com o intuito de simular as características ambientais de um ecossistema contaminado por este inseticida. Os resultados obtidos demonstraram que o organismo Chironomus sancticaroli foi o organismo mais sensível ao IMI dentre os organismos avaliados, com efeitos observados em concentrações a partir de 1,25 μg.L-1. A CL50 em D. similis foi determinada em 29,44 mg.L-1. Em D. rerio e P. reticulata o IMI causou efeitos sobre o sistema fisiológico destes organismos, apresentando variações na atividade das enzimas GST, CAT e APX, mesmo em baixas concentrações, como observado nos organismos expostos ao IMI no sistema de mesocosmos, o qual foi capaz de reproduzir condições ambientais de contaminação do imidacloprido.