Ecotoxicidade do inseticida bifentrina para bioindicadores aquáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Giovanni Tobias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255217
Resumo: Os Agrotóxicos são substâncias utilizadas no controle de insetos-praga e plantas daninhas. No entanto, quando entram em contato com organismos não-alvo, essas substâncias podem provocar uma série de problemas em diferentes níveis da cadeia alimentar. Por isso, o propósito deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda do bifentrina em organismos aquáticos (como as macrófitas Lemna minor e Azolla caroliniana, o caramujo Pomacea canaliculata, o camarão Macrobrachium acanthurus, os peixes Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques), além de investigar sua toxicidade crônica em Hyphessobrycon eques. Além disso, calculamos o risco ambiental associado e analisamos as alterações histopatológicas nas brânquias, fígado e rins dos peixes H. eques. Os ensaios de toxicidade com as macrófitas tiveram a duração de 7 dias, enquanto com os demais organismos foram realizados em 48 horas. O teste de toxicidade crônica foi conduzido com H. eques, submetido a concentrações subletais por um período de 15 dias. Na análise histopatológica, os órgãos foram retirados, seccionados e imersos em uma solução fixadora de formol (10%), posteriormente incluídos em bloco, cortados e corados com Hematoxilina-Eosina e ácido periódico de Schiff. O inseticida bifentrina foi classificado como extremamente tóxico para o camarão M. acanthurus (CL50;48h: 0,00027 mg L- 1), peixes H. eques (CL50;48h: 0,031 mg L-1) e X. maculatus (CL50;48h: 0,0065 mg L- 1), com baixa toxicidade para o caramujo P. canaliculata (CE50;48h: 47,62 mg L-1) e quase inexistente toxicidade para as macrófitas L. minor (CI50;7d: 877,26 mg L-1) e A. caroliniana (CL50;7d: 679,84 mg L-1). No que diz respeito à análise de risco ambiental, os resultados refletiram as conclusões dos testes ecotoxicológicos realizados. As descobertas histológicas revelaram efeitos prejudiciais significativos em H. eques, afetando negativamente as brânquias e o fígado desses peixes. Em resumo, concluise que a exposição aguda e crônica ao bifentrina compromete a funcionalidade desses órgãos vitais, os quais são responsáveis pela respiração, troca de gases e desintoxicação, afetando funções essenciais para a sobrevivência dos peixes em ambientes aquáticos.