Organismos da mesofauna e manejo da adubação verde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Freire, Luiz Rodrigues lattes
Orientador(a): Berbara, Ricardo Luiz Louro
Banca de defesa: Berbara, Ricardo Luiz Louro, Abboud, Antonio Carlos de Souza, Pereira, Maurício Ballesteiro, Araújo, Ednaldo da Silva, Resende, Alexander Silva de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9081
Resumo: A utilização de leguminosas associadas com simbiontes tem tido um grande êxito para a recuperação de áreas degradadas não só por reduzir a necessidade de adubação mineral, mas também por incorporar ao solo um conjunto de associações biológicas. Contudo, a deficiência de informações é acentuada no que concerne à estrutura e composição da mesofauna sob condições naturais e/ou modificadas, além de permanecer a necessidade de adequação dos métodos de captura dos organismos. O objetivo central da tese foi avaliar os efeitos qualitativos e quantitativos de dois sistemas de manejo da adubação verde sobre a população de organismos da mesofauna edáfica em solo fortemente antropizado, definindo o período de tempo de permanência do material de solo no extrator Berlese-Tüllgren para o adequado uso dos índices caracterizadores da riqueza, dominância, equitabilidade e diversidade dessa população. O estudo foi conduzido no Departamento de Solos do Instituto de Agronomia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, em terreno altamente antropizado. Foram instaladas parcelas experimentais com os tratamentos: feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), mucuna preta (Mucuna aterrima), feijão bravo do Ceará (Canavalia brasiliensis), guandu (Cajanus cajan) e vegetação espontânea, em delineamento de quadrado latino, em dois períodos. Em cada uma das parcelas foram coletadas, em cinco ocasiões, amostras formadas por serrapilheira e material de solo, (camada de cinco centímetros): um dia antes do plantio das leguminosas (outubro), por ocasião do corte da parte aérea das plantas (março), quinze dias antes de novo plantio (outubro), dez dias após o plantio (dezembro) e no dia seguinte ao corte da parte aérea das plantas (abril). As amostras da primeira e segunda coleta foram submetidas a uma bateria de extratores do tipo Berlese-Tüllgren, por um período de 15 dias, realizando-se a contagem diária dos organismos. As demais coletas permaneceram nos funis de Berlese-Tüllgren por um período de doze dias. A contagem e identificação dos organismos capturados foi feita em nível de grupo (Ordem/Família), foram também usadas para os cálculos dos índices de Margalef, Simpson, Shannon e Pielou. As parcelas experimentais foram divididas, em março, em dois subtratamentos: cultivo convencional (incorporação mecânica da parte aérea) e cultivo mínimo (cobertura morta). Os dados foram submetidos à avaliação estatística, com o emprego da correlação por ordem de Kendall (coletas 1 e 2) e a análise de variância em níveis múltiplos (Multi Level Anova) aplicada aos dados das demais coletas. Os resultados permitiram concluir que o tempo mínimo de permanência no funil de Berlese-Tüllgren que permite inferências adequadas sobre a diversidade ecológica da mesofauna edáfica é de quatro dias para ambientes menos heterogêneos e de seis dias para ambientes mais heterogêneos. A análise de variância em múltiplos níveis comprovou a superioridade do cultivo mínimo em relação ao convencional, mas não se constatou efeito significativo dos adubos verdes sobre a mesofauna. Os efeitos sazonais sobre a população dos organismos da mesofauna foram expressivos, refletindo-se nos valores dos índices caracterizadores da comunidade.