Adubação verde: uso por agricultores agroecológicos e o efeito residual no solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Bianca de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7780
Resumo: A adubação verde é uma prática capaz de trazer diversos benefícios ao sistema produtivo. Um desses benefícios é a possibilidade de haver incorporação de nitrogênio atmosférico no solo pela utilização de leguminosas ou outras espécies fixadoras. Muitos agricultores reconhecem este potencial, mas alguns fatores podem limitar a adoção desta prática, o que merece ser mais bem avaliado. Pouco se sabe também sobre a dinâmica do N, no solo adicionado via adubação verde. Neste sentido, este trabalho foi realizado com os objetivos de identificar critérios de escolha e formas de uso e manejo de adubos verdes por agricultores agroecológicos da região sudeste de Minas Gerais, bem como avaliar o solo sob manejo de adubação verde com leguminosas, em diferentes épocas e diferentes profundidades. Entrevistas foram realizadas e os dados analisados por estatística descritiva, para identificação dos motivos que levam os agricultores à adoção e manutenção desta prática, além do manejo empregado. Paralelamente foram feitas análises de quatro profundidades (0-5; 5-10; 10-20; 20-40 cm) do solo de um experimento conduzido em vasos, onde anteriormente havia plantas de café Oeiras, adubadas com adubo mineral e diferentes doses de adubo verde. O delineamento adotado foi o de blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos constaram de: 30% de adubação mineral + 146 g de adubo verde com adição de 15 N no ano de 2009; 30% de adubação mineral + 146 g de adubo verde com adição de 15 N no ano de 2010; 30% de adubação mineral + 584 g de adubo verde com adição de 15 N no ano de 2009 e; 30% de adubação mineral + 584 g de adubo verde com adição de 15 N no ano de 2010 e uma testemunha (30% de adubação mineral;). As análises VI estatísticas foram realizadas aplicando Contraste Ortogonal com auxílio do programa Sisvar®. Após a análise dos dados, observa-se a importância das entidades de pesquisa e extensão em trabalho conjunto com os agricultores, que foram as principais responsáveis pelo início do uso da adubação verde para a região,e o principal fator limitante à adoção e manutenção desta prática é a alta demanda de mão de obra. Observou-se também que o incremento do solo com adubos verdes favoreceu um aumento no teor de carbono orgânico total e nitrogênio total em todas as profundidades avaliadas. Em relação ao comportamento do 15 N, observou-se que embora a aplicação de maior dose resulte em teores mais elevados de N derivado do adubo verde no solo, essa elevação é menor do que a esperada em função da dose, sugerindo que ocorre também maior absorção de N pelo cafeeiro e ou maior perda de N com a dose mais elevada.