Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alves, Lucas Santos |
Orientador(a): |
Miguel, Mario André Leocádio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43683
|
Resumo: |
Introdução: O polimorfismo do VNTR do gene PER3 é uma variabilidade individual presente em primatas humanos e não-humanos que está funcionalmente associada ao sono e ao fenótipo circadiano. Além disso, a latitude onde os sujeitos residem parece ser um fator importante para a sincronização, tanto fótica, quanto social, ainda mais quando consideramos que cada vez mais estamos desregulando horários de sono devido a demandas de trabalho, escola ou por outros fatores. Considerando que o conceito de latitude reflete um conjunto de características que envolvem fatores geofísicos e climáticos, ela parece ter relação também com marcadores de sono, como a sonolência diurna. Objetivo: Deste modo, o objetivo deste trabalho é verificar quais interações existem entre o polimorfismo VNTR do gene PER3 e marcadores ambientais específicos das latitudes em parâmetros do sono de jovens adultos residentes em três latitudes distintas do território brasileiro. Método: O método utilizado consistiu em três etapas, sendo a Etapa 1 referente ao uso do questionário sociodemográfico, de cronotipo de Munique e escala de sonolência diurna excessiva. Na etapa 2 ocorreu a genotipagem de células da mucosa oral via extração do DNA e classificação dos sujeitos quanto ao polimorfismo do VNTR do gene PER3. A última etapa consistiu na coleta de variáveis relacionadas à latitude em três cidades diferentes com latitudes distintas: Maceió – AL, Campinas – SP e Porto Alegre – RS. O número amostral foi de 702 participantes, incluindo apenas graduandos que iniciam as aulas entre 07:30-08:00 da manhã. Foram excluídos os sujeitos fazendo uso de medicamentos que afetam o sono e que realizaram viagens transmeridionais no mês anterior à seleção. Após estatística descritiva, foi utilizado o Kruskal-Wallis (p-valor <0,05 adotado para significância) como teste básico da estatística inferencial. Resultados e discussões: Encontramos que jovens adultos residentes em altas latitudes, em comparação com os residentes das baixas latitudes, possuem maiores níveis de jet-lag social, sonolência diurna excessiva e são mais vespertinos. Além disso, as maiores durações dos crepúsculos, maior comprimento da fotofase, maiores diferenças de ângulo de fase e menor irradiação solar média foram encontradas em Porto Alegre, em contraste absoluto com os achados de Maceió. Sobre o Polimorfismo do VNTR do gene PER3, os residentes de Porto Alegre e com polimorfismo 4/4 apresentaram uma compensação de sono nos finais de semana, face à privação de sono acumulada durante a semana. Conclusões: Este trabalho nos subsidia com detalhes do comportamento de sono e do processo de sincronização em jovens adultos brasileiros vivendo em diferentes latitudes, representando particularidades geofísicas e sociais. Nossos achados podem contribuir no entendimento de fatores genéticocomportamentais e ambientais que podem explicar a existência de alta variabilidade nos processos saúde-doença. |