Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nafital, Adriano Chiombacanga |
Orientador(a): |
Araújo, John Fontenele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31958
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Resumo: |
O objetivo desse trabalho é investigar a influência da alocação temporal do sono nas noites anteriores às avaliações sobre o desempenho acadêmico e sua relação com cronotipo, Jet Lag Social (JLS), qualidade de sono e estado de humor em estudantes de medicina do início do curso na UFRN – Campus Central. Trata-se de um estudo transversal realizado nos semestres 2018.2, 2019.1 e 2019.2. Os estudantes preencheram uma ficha de identificação, responderam os questionários de matutinidade-vespertinidade, de cronotipo de Munique, Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP), Inventário de Depressão de Beck (IDB) e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Para o desempenho acadêmico foi usada a nota final da disciplina Módulo Biológico II para estudantes cursando o segundo semestre e a nota final da disciplina Infectologia para os estudantes cursando o quarto semestre. O teste de Kruskal Wallis foi utilizado para avaliar a relação da alocação temporal do sono nas noites anteriores às avaliações com o desempenho acadêmico, escore do cronotipo de Horne e Östberg, JLS, escore do IQSP, escore do IDB e escores de ansiedade-estado e ansiedade-traço. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética de Pesquisa da UFRN com parecer número: 2.996.461. Os nossos resultados mostraram que a maioria dos 201 estudantes que participaram do estudo é do sexo masculino (62,2%), solteiro (94,5%), com média da idade, Índice de Massa Corporal (IMC) e desempenho acadêmico de 21,45 ± 3,47 anos, 23,66 ± 3,67 e 7,41 ± 0,96 valores respectivamente. Somente 30,3% dos estudantes relataram que não alteram sua rotina de sono nas noites anteriores às avaliações. A maioria, 48,8 % relatou que usam a estratégia de ficar acordado até tarde e dormem um pouco antes das avaliações. Já, em torno de 5% dos estudantes relataram que não dormem antes das avaliações. Encontramos uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos conforme a alocação temporal do sono nas noites anteriores às avaliações com o desempenho acadêmico [KW = 15,612 (4); p = 0,004], escore do cronotipo de Horne e Östberg [KW = 36,936 (4); p < 0,01], escore do IQSP [KW = 22,213 (4); p < 0,01], escore do IDB [KW = 19,358 (4); p = 0,001], escores de ansiedade-estado [KW = 23,316 (4); p < 0,01] e ansiedade-traço [KW = 16,883 (4); p = 0,002]. Podemos concluir que os estudantes que utilizam uma estratégia de alocação temporal do sono nas noites anteriores às avaliações, que provoca privação total ou parcial do sono, apresentam pior desempenho acadêmico, tendência a vespertinidade, má qualidade de sono e altos escores de depressão e ansiedade. Estes achados reforçam as orientações para que os estudantes tenham uma rotina de estudo. Além disso, tem uma implicação pedagógica no sentido da necessidade do professor ter um mecanismo de acompanhar a rotina de estudo e assim orientar os estudantes. |