Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jane Carla de |
Orientador(a): |
Azevedo, Carolina Virgínia Macêdo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19590
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Resumo: |
A profissão docente está muitas vezes associada à extensa jornada de trabalho, dentro e fora da sala de aula, a condições precárias de ensino, entre outros desafios que podem acarretar problemas de sono. Estes problemas podem ser ainda maiores nas mulheres, devido à dupla jornada de trabalho e a maior necessidade de sono. Considerando que problemas de sono podem ser decorrentes da prática de maus hábitos de sono, programas educacionais sobre o sono são realizados com o objetivo de diminuir a privação e a irregularidade nos horários de sono, a sonolência diurna e melhorar a qualidade de sono. Neste sentido, o objetivo deste estudo é avaliar a influência do horário de trabalho, do gênero e de um programa de educação sobre o sono nos hábitos e qualidade de sono, na sonolência diurna, e no nível de estresse em professores do ensino fundamental e médio. Para isso os professores responderam aos questionários que avaliavam: 1. Hábitos de sono (A Saúde & Sono), 2. Cronotipo (Horne & Ostberg), 3. Sonolência diurna (Escala de Sonolência de Epworth), 4. Qualidade de sono (Índice de qualidade do sono de Pittsburgh) 5. Nível de estresse (Inverntário de Estresse para adultos de LIPP) e 6. Padrão diário do ciclo sono/vigília (Diário do sono). O preenchimento dos questionários (1, 4, 5 e 6) foi repetido 3 semanas após a realização do programa de educação sobre o sono. Os professores que iniciam o trabalho pela manhã (7:11 ± 0:11 h) acordam mais cedo na semana e frequentemente apresentam má qualidade de sono quando comparados aqueles que iniciam à tarde (13:04 ± 0:12 h). Dentre os que iniciam o trabalho pela manhã, os intermediários e com tendência à vespertinidade são mais irregulares nos horários de acordar em relação aos matutinos e aumentam a duração do sono no fim de semana. Quanto ao gênero, às mulheres tiveram maior duração de sono em relação aos homens, embora a maioria apresente sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono. Contudo, quando o horário de trabalho docente e a idade são semelhantes entre os gêneros, a diferença na duração do sono se apresenta como uma tendência e a diferença na porcentagem de sonolência diurna excessiva desaparece, porém persiste a má qualidade de sono nas mulheres. Com relação às professoras que passaram pelo programa de educação sobre o sono, houve um aumento no conhecimento sobre o assunto, que pode ter contribuído para a redução na frequência do consumo de café próximo ao horário de dormir e para a qualidade de sono melhorar em 18% das participantes. No grupo controle, houve diferenças no conhecimento na 3ª etapa de forma aleatória, e melhora na qualidade do sono em apenas 8% das professoras. A participação no programa de educação não foi suficiente para mudar os horários de sono e diminuir o estresse das professoras. Portanto, o horário de início da escola pela manhã foi preponderante na determinação dos horários de acordar dos professores, principalmente para os intermediários e àqueles com tendência à vespertinidade. Além disso, a má qualidade de sono foi mais frequente nas mulheres, e o programa de educação contribuiu para o aumento do conhecimento sobre o assunto e melhora na qualidade de sono. |