Interpretação de lineamentos estruturais na borda sudeste da Bacia do Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Francisco Gabriel Ferreira de
Orientador(a): Jardim, Emanuel Ferraz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22095
Resumo: A borda sudeste da Bacia do Parnaíba (BPar), região fronteiriça aos estados do Piauí, Bahia e Pernambuco, é marcada por uma expressiva orientação NE-SW, paralela à do Lineamento Transbrasiliano, bem como pelo estreitamento das faixas aflorantes das formações silurodevonianas, em comparação ao observado na borda leste da bacia do Parnaíba (BPar). A evidência de controle estrutural nessa borda da bacia foi analisada com a interpretação de imagens de relevo sombreado, geradas a partir de imagens de radar. Foram destacados os fotolineamentos com direção preferencial NE-SW no embasamento cristalino e na cobertura sedimentar, bem como na região de contato entre esses domínios. Foi realizada uma análise integrada das estruturas observadas em macroescala (imagens de radar e multiespectrais) e em campo (mesoescala), resultando na caracterização de três eventos deformacionais, com base em critérios de orientação, cinemática e cronologia relativa. As estruturas da deformação Dn foram reconhecidas no embasamento cristalino e nas sequências molássicas das bacias de Araçá e São Julião, sendo correlacionadas ao contexto do Grupo Jaibaras, no NW do Ceará, com idade ediacaranacambriana. Esse evento deformacional está associado a uma etapa tardia, retrometamórfica e de caráter plástico-frágil, das zonas miloníticas brasilianas. A assinatura do mesmo inclui zonas de cisalhamento dextrais orientadas NE-SW, e veios ácidos preenchendo bandas C dilatacionais e juntas de distensão E-W. A deformação Dn+1 corresponde a uma nova etapa de movimentação dextral em estruturas NE-SW, acompanhada por falhas normais e juntas de distensão com orientação WNW a E-W, essencialmente de caráter frágil e também afetando as unidades silurodevonianas. A deformação Dn+2 é caracterizada por falhas normais, diques básicos (correlacionados à Suite Sardinha, eocretácea), veios silicosos (preenchendo descontinuidades nas rochas), todos com orientação NE-SW. As falhas NE-SW podem ocorrer no contato entre o embasamento e a cobertura sedimentar ou já no interior da bacia. Esse evento é resultado de uma distensão com orientação NW-SE, análoga àquela reconhecida mais a leste, nas Bacias Interiores do Nordeste do Brasil, associada ao rifteamento do Atlântico Sul.