No território da contradição: aspectos da ditadura civil-militar brasileira em dois contos de A morte de D.J. em Paris, de Roberto Drummond

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Emília de Lima
Orientador(a): Oliveira, Andrey Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28501
Resumo: A morte de D.J. em Paris (1975), coletânea de contos assinada pelo escritor mineiro Roberto Drummond, foi publicada em um contexto em que o regime autoritário da ditadura civil-militar brasileira tornou ainda mais difícil a escrita literária no país. Assim, os escritores, muitas vezes, tiveram de lidar com um impasse: escrever literatura de modo a dizer o que se almejava que fosse dito e, ao mesmo tempo, passar pelo crivo da censura sem prejudicar a mensagem e o critério estético. Tomando por base as influências do contexto sobre a literatura da época, a presente pesquisa visa a, sobretudo, investigar a forma como os contos “Objetos pertencentes a Fernando B, misteriosamente desaparecido” e “A morte de D.J. em Paris” internalizam algumas contradições do contexto da ditadura civil-militar e descrever os principais procedimentos estéticos utilizados pelo autor com essa finalidade. Para atingir esses objetivos, a análise foi desenvolvida a partir da concepção metodológica de Candido (1993); da perspectiva dialógica de Bakhtin (2003; 2015) e com base nas considerações de Eco (2013) sobre ambiguidade e "obra aberto" e de Gouveia (2009) sobre os limites da teoria do conto.