O cheiro do carnaval: sangue de coca-cola e a ditadura militar brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mendonça, Ana Carolina Moura
Orientador(a): Oliveira, Andrey Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22763
Resumo: Esta pesquisa visa analisar o romance Sangue de Coca-Cola (1980), de Roberto Drummond, a partir de alguns questionamentos pertinentes para a compreensão de seu caráter inovador, considerando o contexto repressivo da época em que foi escrita e publicada. Dentro das questões que orientam a investigação, consideramos, sobretudo, a estrutura formal da obra. Essa estrutura se apresenta de modo experimentalista quando se compara à estrutura comum à maioria das produções literárias do mesmo período e, sem dúvida, é constituinte de um diferencial estético. O romance apresenta-se como uma composição estética dialógica por trazer os discursos sociais em dissonância na narrativa. Além desse aspecto dialógico, a carnavalização é um conceito imprescindível ao analisar Sangue de Coca-Cola, já que este romance elabora uma sátira do contexto sócio-político ditatorial brasileiro. Elementos da carnavalização e do fantástico fazem da obra uma literatura que se preocupa em engajar-se na discussão política da ditadura militar. A partir do estudo da formalização estética do romance, buscamos entender de que modo a sociedade vem participar de sua composição. Nosso estudo, no entanto, não pretende esgotar as possibilidades interpretativas da obra, nem pretende debruçar-se sobre a situação sócio-político de uma época, mas observar o diálogo entre a obra e o contexto, ressaltando de que modo a sociedade participa e é relevante para a configuração do romance.