Estaleiro de saberes: por uma formação para a vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Severo, Tatiana Lapitz Machado dos Santos
Orientador(a): Almeida, Maria da Conceição Xavier de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28905
Resumo: Um dos sintomas do avanço das ciências tem sido a superespecialização do conhecimento em áreas disciplinares. Nas universidades, as áreas tendem a se tornar autossuficientes, alimentando o fenômeno da fragmentação dos saberes (MORIN, 2001). No entanto, existem ideias, estratégias e espaços que oferecem resistência a esses programas e contextos de fragmentação. Um desses lugares é o Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM), onde exercita-se a aproximação dos saberes a partir de uma lógica sistêmica, polifônica e aberta. Uma das ações seminais para o GRECOM é o Projeto de Extensão Estaleiro de Saberes. Desde a sua primeira edição em 2008, o projeto propõe, por meio de formação de professores na região do Vale do Assu/RN, um exercício de diálogo entre as ciências e os saberes da tradição (ALMEIDA, 2010), valorizando a construção coletiva do conhecimento, a cultura e os saberes locais. Nutrido por encantamentos e provocações semeados no GRECOM, o presente trabalho assume como objetivo significar o Estaleiro de Saberes como espaço mobilizador e disseminador de estratégias de agir, pensar e fazer, contextualizado e complexo, tendo como eixo epistemológico a noção de pensamento clínico/sistêmico construída por Le Moigne (1999). A pesquisa foi desenvolvida em três momentos: 1) a imersão nos referenciais teóricos a partir de interlocutores como Edgar Morin, Le Moigne, Fritjöf Capra, Bruno Latour, Claude Lévi-Strauss e Conceição Almeida; 2) a sistematização da produção técnica, bibliográfica, imagética e filmográfica das edições do Estaleiro entre os anos de 2008 e 2018; e 3) a realização de entrevistas semiestruturadas com a idealizadora do projeto, Prof. Dra. Maria da Conceição de Almeida (UFRN), com a Prof. Dra. Josineide Silveira de Oliveira (UERN), e com a Prof. Mara Núbia de França, representante comunitária e funcionária da Secretaria de Educação de Assu/RN. Ao longo das edições, foram realizados vinte e seis encontros, a partir dos quais foram tecidas parcerias com pesquisadores representantes de várias Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil. Experiências como esta podem servir para provocar, inspirar e estimular propostas educativas próximas de quem aprende e voltadas para um mundo mais justo, onde todos possam ter acesso à diferentes configurações de saberes e ao pensar bem (MORIN, 2001).